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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O pensamento livre da liderança da bancada governista trava discurso da oposição


Durante o enceramento da última Sessão Ordinária da Câmara de Coroatá, quinta-feira (12), quem ouviu pôde constatar que o discurso dos vereadores de oposição que vêm a cada sessão sendo travado e encurralado, principalmente, quando os apartes partem do vereador RibaMaia (PSC), líder de governo. Que de forma siracusana neutraliza e anestesia os então discursos torpes outrora inflamados pelos pares de oposição.
 
Observamos também que, os demais pares governistas contra-atacam no momento e na medida certa, estabelecendo uma dosimetria única e ímpar. Daí, o silêncio é total, lúgubre e de estarrecer os nervos daqueles que no pretérito vociferavam em vão e sem sentido os nomes de alguns parlamentares de oposição, que com isso, somente queriam ganhar destaque e espaço na mídia quatrocentona e marrom local.
 
Em se falando dos embates no campo ideológico-político-partidário e, quando, colocado em apreciação durante a Ordem do Dia para serem discutidos, a réplica por parte da situação acontece sem citar o nome do vereador aparteador oposicionista. Isso significa que, o nome de quem está com o aparte não venha ser citado, assim como faziam os grandes oradores siracusanos no século V, na Sicília, na antiga Roma, muito antes do nascimento de Jesus Cristo.
 
Sem querer ferir, sem querer estigmatizar com certos argumentos e, nem tampouco, provocar grandes alardes nos demais parlamentares que já passaram por aquela Augusta Casa. A atual liderança da bancada municipalista chega a ser comparada aos antigos oradores siracusanos que foram os pioneiros na arte de falar e defender com eloquência as causídicas por causa da oratória. Dentre os quais destacamos: o primeiro, Córax e o segundo, o seu discípulo Tísias. Que juntos escreveram o manual para orientar advogados que se propunham a defender causas quase que perdidas de pessoas que desejavam reaver os seus bens e suas propriedades tomadas pelos tiranos. Portanto, a forma de persuadir através da técnica argumentativa desconstrói-se tais argumentos mentirosos e malévolos quando perpetrados contra quem não se deve acusar de forma esgotada física e mentalmente tão ignóbil.
 
Chegando um pouco mais à frente... Deparamos-nos com Marcus Tullius Cícero - estadista, filósofo, advogado e escritor romano. O ilustre líder e orador que passou a ser prestigiado e estabeleceu a política do acordo entre as classes (Concordia ordinum), porém, sem o apoio político do então substituto de César em Roma durante a guerra da Gália, o seu inimigo e arquirrival, Públio Clódio Pulcro defenestrado do parlamento romano acabou exilando-se após sofrer uma flagorosa derrota para o futuro orador e escritor Marcus Cícero. Quer dizer, Públio Clódio refugiou ao ostracismo e ao anonimato, ficando completamente só e abandonado em meio ao esquecimento pela péssima política posta em prática, juntamente com o seu bando pessoal. Daí, então, Clódio recorreu à violência verbal e física para impedir o merecido destaque dado aos demais senadores que trabalhavam para reconstruir o parlatório que foi concedido a Marcus Cícero.
 
Este exemplo, é apenas um registro que existe entre tantos outros que a História Universal tem em seus anais. Que singrou mares e oceanos rumo aos novos continentes nunca dantes descobertos pelos romanos e gregos. Para inronia do destino, mesmo derrotado e fracassado. Os dois filhos de Clódio, Caio e Ápio acusados pela prática de um crime hediondo, foram defendidos por  Marcus Cícero, no próprio parlamento senatorial. Portanto, vejam quanta ironia que o destino nos arremete!!!

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