O senador maranhense Lobão Filho (PMDB) criticou nesta segunda-feira
(13) a atuação da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que está em
São Luís para analisar a situação do Complexo Penitenciário de
Pedrinhas. Para o parlamentar, a preocupação com os direitos humanos dos
presidiários é um “equívoco”.
Lobão Filho disse que a “prioridade absoluta” da comissão deveria ser
com as vítimas – como a menina Ana Clara, que morreu após incêndio de
um ônibus na capital maranhense. Em seguida, segundo ele, deveria estar
nos policias que foram agredidos durante as ações criminosas dentro e
fora do presídio.
Por
último, ficariam os presidiários, de acordo com o senador. “A
prioridade absoluta da comissão tem que ser prioritariamente das
vítimas, depois dos policiais que foram alvo dessa violência, e, no
final da fila, os presidiários”, afirmou Lobão. “Na hora em que se faz
uma visita para defender direitos humanos, priorizar os detentos é um
equívoco”, completou.
O senador, que é filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e
aliado político da governadora Roseana Sarney, acompanhou a visita que
integrantes da Comissão de Direitos Humanos fizeram nesta segunda-feira
(13) ao Presídio de Pedrinhas e à sede da Ordem dos Advogados do Brasil
local.
De acordo com assessoria do Senado, o objetivo da visita à capital
maranhense é verificar a situação do sistema carcerário do estado. Estão
em São Luís a presidente do colegiado, senadora Ana Rita (PT-ES) e o
vice João Capiberibe (PSB-AP), além de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e
Humberto Costa (PT-PE). O grupo vai se reunir no final da tarde com a
governadora Roseana Sarney.
Lobão Filho disse que a comissão deveria trabalhar para aprovar
projetos que “impeçam que bandidos e marginais possam intimidar nosso
aparelho policial”. Ele pretende apresentar neste ano uma proposta que
acaba com o direito a progressão penal para presos que tenham atentado
contra a vida de agentes públicos.
Ao avaliar o trabalho do governo estadual na condução da crise no
sistema penitenciário, Lobão disse que o Maranhão “está pecando na área
de segurança há muitos anos”. “Não diria que é um problema do governo
Roseana. É um problema de 10, 15 anos. O estado tem relegado a um plano
secundário uma questão que é crucial, que é segurança pública”, disse.
(Com informações do G1MA)
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