Quem leu a entrevista do comunista Flávio Dino publicada domingo em O Imparcial ficou com a impressão de que ele está desconectado da realidade do Maranhão atual, pois demonstra que sabe muito pouco do que é o estado e como fazer para desenvolvê-lo. Ex-juiz federal e ex-deputado federal de um só mandato, tendo como única experiência executiva três anos na presidência da Embratur – um instituto cuja única função é promover o potencial turístico do Brasil no exterior -, Dino fala como se já estivesse cacifado para cuidar de um estado como o Maranhão.
Todos os itens que “pretende” desenvolver estão sendo desenvolvidos pelo governo comandado por Roseana Sarney (PMDB). Fala de turismo, quando o governo já implantou o Plano Maior e conta com a parceria do Ministério do Turismo. Fala que vai melhorar a educação, quando o atual governo já implantou o Estatuto do Professor, que poucos estados adotaram.
Promete valorizar seus “colegas” servidores, que hoje já recebem tratamento correto do atual governo. Diz que formará mais médicos, mas se vier a fazê-lo utilizará as escolas de Medicina conseguidas pela UFMA para Caxias, Pinheiro, Bacabal e Imperatriz, com o apoio total da governadora Roseana Sarney. E por aí vai.
No item economia, o comunista se enrola todo, falando em “consolidar o que já existe” e chega ao fim da resposta sem que ninguém entenda claramente o que pretende, pois parece desprezar grandes investimentos, como o da Suzano, por exemplo, que está mudando a Região Tocantina. Fala de uma “nova política industrial”, baseada “no adensamento das cadeias produtivas de grãos, pecuária, alumínio, ferro, cimento”, etc, itens já consolidados na economia maranhense.
Mas não tem nenhuma palavra sobre, por exemplo, celulose, ouro, energia e gás natural. Ou seja, o Maranhão econômico de Flávio Dino é o de hoje, sem os seus mais novos e importantes itens.
Finalmente, diz que vai “captar” mais recursos federais “via transferências voluntárias”. Se sabe mesmo onde estão esses recursos, por que não foi buscá-los para os prefeitos e para o Governo do Estado? O que o impede de deixar a arrogância de lado e canalizar esses recursos para a Prefeitura de São Luís, por exemplo? Se não o faz, assume um egoísmo nada saudável para um político. Mas tudo indica tratar-se de um blefe.
Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão
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