Esse é o primeiro relato de crimes contra a sociedade maranhense e brasileira que vem acontecendo na Secretaria de Educação.
A Secretaria Municipal de Educação é uma das secretarias que compõem a Prefeitura de São Luís. No dia 02 de Janeiro de 2013, após a posse do prefeito Edivaldo Holanda Junior, o Secretário de Educação apontado pelo PCdoB, Allan Kardec, também tomou posse. Cabe deixar claro que o acordo feito entre Flávio Dino e Holandinha tem como base a eleição de Dino para o Governo do Estado, e a Semed foi a Secretaria solicitada pelo PCdoB para viabilizar a indicação de seus quadros e principalmente fazer caixa para a pré-campanha, futura e oficial campanha.
O comando da Semed, como dito anteriormente, foi assumido por Allan Kardec, detentor de um currículo acadêmico perfeito, mas em que pese também ter atuado como Diretor da ANP – Agencia Nacional de Petróleo, não tinha conhecimento nem tampouco “jogo de cintura” para administrar tão importante secretaria do município.
Todos os seus passos eram monitorados por Flávio Dino, verdadeiro “Dono” da Semed. Quando o ”Dono” percebeu que seu pupilo Pós- Doutor, não tinha condições de viabilizar os recursos financeiro necessários aos custos operacionais das viagens dos “Diálogos do Maranhão” ou seja sua pré- campanha ao Governo do maranhão, entra em cena o ex- chefe de Gabinete da Embratur, o advogado carioca, Paulo Guilherme de Araujo.
Dino manda Paulo, então residindo em Brasília, fazer viagens constantes para monitorar de perto a incompetência de Allan Kardec. Em uma dessas viagens acontece o primeiro episódio desse relato; Paulo determina a Allan que lhe informe sobre todos os contratos e serviços que estão em andamento na Semed. A partir das informações, Paulo verifica que estava em andamento um pagamento indenizatório que tinha como objeto “Vigilância Armada e Desarmada nas Escolas”, determina então para Allan que o valor desse processo fosse aumentado, criando de forma fictícia e irregular uma nova quantidade de postos de vigilância. Com o novo valor, se viabiliza uma “sombra” de R$ 500.000,00 ( quinhentos mil reais). Allan então procede como determinado por Paulo Guilherme e com a anuência total de Flávio Dino.
A empresa que presta serviços para a Semed de Vigilância Armada e Desarmada nas escolas é a Servi-San – Vigilância e Transporte de Valores Ltda., empresa de grande porte do setor, que tem sede em Teresina – PI. No Maranhão a pessoa que Gerencia a empresa é o Sr. José Gomes de Menezes Junior , que esta sob as ordens de Marcelo de Carvalho Veras Fortes, Diretor Geral e filho do fundador da empresa Assis Fortes.
Ocorre, porém, pode-se abrir um parêntese para explicar como a Servi-San inicia os trabalhos na Semed. Nas vésperas do segundo turno Edivaldo Holanda (pai) viajou ao Piaui, para tentar viabilizar ajuda financeira para a arrancada final da campanha do seu filho, procurou então um deputado do seu partido, que de pronto disse-lhe que não poderia ajudar. Cabisbaixo Holandão disse que voltaria no mesmo dia para São Luís, foi quando o deputado pediu que ele ficasse até o dia seguinte. O tal deputado Piauiense muito bem relacionado, conseguiu reunir vários empresários, que após garantias de participação no governo de Holandinha, abriram os cofres e viabilizaram uma grande soma em dinheiro, que com certeza foi vital para garantir a vitória de Holandinha.
No entanto, outros integrantes desse grupo de empresários falaremos depois, agora, não podemos deixar de citar que a Servi-San era uma dessas empresas, e que contribuiu com um milhão de reais. Parece que a soma de todos ficou em dez milhões.
Nos primeiros dias da administração de Holandinha e Allan Kardec a Servi-San iniciou (09/01/2013) a vigilância nas escolas, sem contrato, enquanto era realizada uma adesão a uma ata de registro de preços da UESPI – Universidade Estadual do Piauí , tudo indicado por eles, e controlado nos mínimos detalhes, inclusive, deixando claro que tinham pessoas de confiança na Reitoria da UESPI, e que a autorização para a adesão seria rápida.
Todo o processo administrativo que resultou no contrato de vigilância armada e desarmada entre a Servi-San e a Semed , foi concluído em março/2013. Conforme relatado anteriormente, a Servi-San iniciou atividades em 09/01/2014 e o contrato foi assinado em 20 de Março de 2013, portanto o pagamento indenizatório em que sobrou R$ 500.000,00 ( quinhentos mil reais) para Flavio Dino, é resultado do pagamento desse período. A sobra foi possível graças a uma conta feita por Paulo Guilherme, com anuência de Flavio Dino e executada por Allan Kardec e o Gerente da Servi-San Sr. Menezes, também com a anuência do Sr. Marcelo Fortes, Diretor Geral, já citado.
E mesmo sendo gravíssima tal afirmação, é triste dizer que eles gostaram do resultado, pois utilizaram e estão utilizando do mesmo expediente até hoje.
Como as visitas somente, não estavam surtindo o efeito necessário, Flavio Dino então determina que Paulo Guilherme saia da Embratur e assuma como Secretário Adjunto de Administração e Finanças da Semed. Na verdade o que queriam era que Paulo Guilherme assumisse como secretário, mas, naquele momento não seria bom para imagem do partido, e, por conseguinte de Flavio Dino.
Quando Paulo Guilherme assumiu com Adjunto, já havia mandado de Brasília, um mês antes, sua Assessora Luana Aldine, que assumiu como Superintendente de Orçamento e Finanças para avaliar a situação da secretaria e repassar as informações para ele. Recentemente criaram um pagamento fictício extra, onde o serviço apresentado não foi executado e pagaram outras despesas da Semed, tais como: capina, eventos e passagens aéreas.
As empresas beneficiadas com esses pagamentos receberam direto da Servi-San nas suas contas bancárias. Festas particulares e pagamentos dos mais variados para o Sr. Paulo Guilherme, erm constantes. O interlocutor com a Servi-San é o Sr. Marcelo Assad, também conhecido como Marcelo Poeta, pessoa de confiança de Paulo Guilherme que administra pessoalmente os contratos de Vigilância, Limpeza e Conservação e Transporte Escolar.
Cabe ainda ressaltar que a residência do vice-prefeito Roberto Rocha é guardada por dois vigilantes 24 horas por dia, o que envolve um efetivo total de oito profissionais, que são pagos pelo aludido contrato da Semed. Durante o ano de 2013 várias escolas interromperam suas atividades por falta de condições mínimas de segurança e até a presente data muitas continuam sem segurança.
Cabe lembrar que os valores repassados a Servi-San pela Semed são 65% FUNDEB (federais) e 35% recursos próprios do tesouro municipal. No caso do indenizatório foi recurso próprio. Paulo Guilherme, residia em São Luís, não é mais secretário Adjunto pois foi exonerado.
Para se ter ideia, gestoras e gestores de escolas do município de São Luís se questionados sobre quando iniciou o serviço da Servi-San nas escolas a resposta é apenas uma: nunca tiverarm vigilantes da Servi-San. Com isso abre o procedente de um possível pagamento indenizatório fraudulento e os pagamentos mensais com postos fictícios serão facilmente constatados. Essas informações são o ponto de partida para uma investigação mais detalhada e robustos.
Fonte: Blog do Neto Ferreira
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