O Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase foi comemorado, neste domingo (26), pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com universidades e órgãos estaduais, com uma caminhada na Avenida Litorânea. Foram distribuídos folders com informações para a população, como forma de alertar para os riscos, sinais e cura da hanseníase. Embora o Maranhão esteja há sete anos reduzindo a incidência, em 2013 foram registrados 3.369 casos novos em todo o estado.
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Alberto Carneiro, explicou que a caminhada e outras ações realizadas pela SES têm o intuito de sensibilizar a população, informando que a hanseníase tem cura, se o tratamento for feito corretamente. “Queremos divulgar, a partir da Região Metropolitana, a importância do tratamento e da cura da hanseníase. A SES, durante o Governo Itinerante, fez a busca ativa dos pacientes, está oferecendo tratamento e informando que as pessoas acometidas podem levar uma vida normal no trabalho, na família e na sociedade”, disse ele.
A hanseníase é uma doença que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de dois a até mais de 10 anos. A doença pode causar deformidades físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e o tratamento imediato.
O ser humano é considerado a única fonte de infecção da doença. O contágio se dá por meio do contato direto de uma pessoa doente não tratada, que o expele através das vias aéreas superiores. Entre as ações adotadas pela SES, em parceria com o Ministério da Saúde, em 2013, para eliminação da doença no Maranhão, destacam-se campanhas em escolas do ensino fundamental em 77 municípios considerados prioritários. A campanha teve como objetivo a detecção de casos novos de hanseníase entre menores de 15 anos. Foram encaminhados para exames de avaliação nas unidades de saúde 26.353 alunos, dos quais 86 foram confirmados com a doença.
A dermatologista Celijane Melo, diretora do Hospital Aquiles Lisboa – referência para o tratamento da hanseníase no Estado – explicou que durante todo este mês foram feitas atividades com a intenção de divulgar os sintomas e favorecer a chegada dos pacientes no serviço de saúde. “O grande problema ainda é a falta de diagnóstico precoce. A SES oferece tratamento e as pessoas precisam deixar o preconceito de lado e buscar tratamento, somente assim vamos evitar as complicações e incapacidades consequentes da hanseníase”, justificou.
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