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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

TSE manda Dutra apresentar defesa em ação por infidelidade partidária

dutraO ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou há suas semanas, a citação do deputado federal Domingos Dutra (SDD) para que ele apresente defesa em processo por meio do qual o suplente Raimundo Monteiro – atual presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) – requer seu mandato sob a alegação de infidelidade partidária.

No despacho, do dia 12 de fevereiro, Neves alerta o parlamentar de que a não apresentação de defesa acarretará na presunção de que todos os fatos narrados pelo petista na ação são verdadeiros.
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“Determino a citação dos requeridos [Domingos Dutra e o partido Solidariedade] para resposta [...] devendo constar a expressa advertência  que, em caso de revelia, presumir-se-ão verdadeiros os fatos afirmados na inicial”, despachou o ministro relator do caso.

Raimundo Monteiro protocolou ação pedindo a cassação do mandato de Dutra por infidelidade partidária em dezembro do ano passado, logo depois de o parlamentar deixar o PT para filiar-se ao Solidariedade (reveja).

O presidente do Partido dos Trabalhadores baseia sua ação em entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo o qual, mesmo que seja para uma legenda recém-criada – caso do Solidariedade – um parlamentar só poder efetivar a troca se houver participado ativamente dos ritos de sua criação.

Na ação, Monteiro argumenta que todos os movimentos do ex-colega de legenda foram feitos no sentido de uma filiação ao Rede Sustentabilidade – projeto de partido comandado pela ex-senadora Marina Silva, mas que não teve sua criação aprovada pela Justiça Eleitoral. O deputado maranhense, no entanto, acabou se filiando ao Solidariedade, outra sigla “nascida” em 2014, mas de cujo processo o ex-petista não participou.

“Já existe entendimento do procurador-geral da República. Dutra não fez um movimento sequer na direção do Solidariedade. Passou quase um ano inteiro trabalhando pela criação do Rede Sustentabilidade. Se esse partido fosse criado e ele se filiasse por lá, tudo bem. Mas não foi aprovado e ele entrou no Solidaridade. Isso, no entendimento da Procuradoria, e no nosso também, é infidelidade”, disse.

Insulto

Na única vez em que se pronunciou publicamente sobre o assunto, dias após a confirmação do protocolo do processo, Domingos Dutra disparou insultos contra Monteiro, em nota oficial à imprensa.

“Já é hora do senhor Monteiro ter vergonha na cara e deixar de submeter a vexames seus aliados do PT e do Governo Estadual. Monteiro, apesar do apoio que recebeu do governo do estado e da direção nacional do PT não consegue se eleger presidente do PT e muito menos conquistar um mandato eletivo”, completa a nota  (relembre).

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