Retirada de carro artístico causou protestos na internet. Prefeitura de São Luís diz que apenas atendeu ao pedido do Ministério Público.
Atual7
Pressionado pela população ludovicense nas redes sociais, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), foi obrigado a oferecer ajuda ao trabalhador Antônio Carlos Silva, o ‘Pirata da Litorânea’, proprietário do Fusca retirado da orla marítima da capital, nessa quarta-feira (12).
Apesar do Ministério Público do Maranhão (MP/MA) ter apenas recomendado a ação – e dado o prazo de até 10 dias para o Executivo Municipal informar se atendeu ou não a solicitação -, a SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) resolveu efetuar o reboque do veículo no mesmo dia da emissão do ofício, numa ação considerada autoritária e truculenta por usuários do Twitter, Instagram e Facebook.
Em entendimento de acordo com o levantado pelo Atual7 na manhã de hoje – sobre o carro ser atração para turistas e frequentadores do local, Edivaldo Júnior determinou que fosse oferecido à Silva um ateliê náutico, que ficará como atrativo turístico, para que ele possa continuar apresentando espetáculos de artes e de música.
Também pressionado pela população sobre a falta de moradia do artista de rua, já que esta também era uma das serventias do Fusca, o prefeito de São Luís determinou que fossem providenciados a regularização de documentos pessoais de ‘Pirata da Litorânea’, para abertura de conta bancária e efetivação do benefício do aluguel social.
Prefeito não conhece ações da própria gestão
Segundo atualizações do Twitter oficial da Prefeitura de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior só tomou conhecimento da ação da SMTT após o ocorrido – provavelmente hoje pela manhã.
O ‘tweet’ acabou revelando que, além de não conhecer as ações da própria gestão, o petecista realmente só determinou o auxílio após a pressão sofrida nas redes sociais, que o levou ao conhecimento do caso.
Horas antes de divulgar a visita dos secretários Andréia Lauande (Semcas) e Lula Fylho (Setur) ao proprietário do veículo rebocado, as atualizações no microblogging apenas eximiam a SMTT da ação e colocavam a responsabilidade pelo ato no Ministério Público, em especial no promotor Cláudio Alberto Guimarães, autor da recomendação.
As mesmas ‘falas’ da Prefeitura de São Luís era repetidas pelo secretário Municipal de Comunicação, Márcio Jerry, inclusive as de que a única determinação do prefeito era para que fosse feito um levantamento da situação e, constando excessos, seriam tomadas medidas cabíveis.
Em nenhum momento, no entanto, Edivaldo Júnior deu esclarecimentos sobre a situação do agente [exonerado desde junho do ano passado] da SMTT que está com a CNH vencida há dois anos, mas ainda assim coordena ações como a efetuada contra o ‘Pirata da Litorânea’, conduzindo carros e motos oficiais do Município.
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