Lei salarial transformava salários de servidores em subsídios e retirava vários direitos do funcionalismo público, em especial dos professores.
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Então candidato ao governo estadual pelo PSOL, o servidor público
federal e professor universitário Saulo Arcângeli – lançado nesta
quarta-feira (12) como pré-candidato ao mesmo cargo pelo PSTU, em
coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa do Maranhão -, revelou em
2010 que o oposicionista Flávio Dino chegou a ir ao STF (Supremo
Tribunal Federal), informalmente, em defesa da Lei 8592/07, a famigerada
‘Lei do Cão’, implantada pelo então governador do Maranhão, Jackson
Lago (PDT), e derrubada pela governadora Roseana Sarney (PMDB), assim
que assumiu o comando do Estado, em 2009.
A denuncia foi feita na propaganda eleitoral de televisão, e foi
confirmada pelo jornalista Walter Rodrigues (já falecido), que revelou o
assédio de Dino, na época deputado federal, sobre os sindicatos e
associações de servidores – Sindjus (Sindicato dos Servidores da Justiça
do Estado do Maranhão), Sinproesemma (Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Maranhão), Sintuema (Sindicato dos Trabalhadores da
Universidade Estadual do Maranhão), Assuema (Associação dos Professores
da Uema).
Segundo Arcângeli e Rodrigues, o comunista teria declarado ainda ao
comando de greve da Uema (Universidade Estadual do Maranhão), na sede do
Sindicato dos Bancários do Maranhão, que não existia ‘a menor
possibilidade’ de êxito em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADIn), movida pelo partido de Roseana, o PMDB, contra a lei salarial
que transformava salários de servidores em subsídios e retirava vários
direitos do funcionalismo público, em especial dos professores.
O ainda presidente da Embratur teria tentado articular um acordo
entre os grevistas e o ex-governador do PDT, que basicamente seria a
redução de vantagens salariais desejas pelo Governo Jackson. Os
vencimentos continuariam transformados em ‘subsídios’ — como constava na
‘Lei do Cão’, porém com a permissão legal de serem acrescidas
gratificações.
Além das perdas salarias, em greve por cerca de 90 dias pelo fim da
‘Lei do Cão’, trabalhadores da educação da UEMA e do ensino médio
chegaram, na época, a serem tratados como caso e polícia, e enfrentaram
ainda uma campanha caluniosa de deputados hoje oposicionista – como o
comunista Rubens Pereira Júnior e o ex-deputado estadual Edivaldo
Holanda, pai do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC) -,
que apontavam que a greve que lutada pela volta de direitos históricos
‘era financiada pelo Clã Sarney’.
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