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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Nigeriano preso: Ricardo Murad condena ilações sobre racismo



murad 

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad (PMDB), posicionou-se de forma dura contra membros da oposição que acusam o Governo do Estado de haver agido com racismo no caso da prisão do nigeriano Kinglsley Ify, acusado de exercer ilegalmente a medicina no Maranhão e de ser o responsável pela morte de uma criança que contraiu Raiva Humana, em Mirinzal.

Segundo Murad, setores oposicionistas têm explorado o caso politicamente. “Lamento que a obsessão política o tenha levado [Flávio Dino] a tamanho devaneio. O referido nigeriano até o momento não apresentou documentos que tornem legal sua situação profissional no Brasil, como a inscrição no programa Mais Médicos ou em um conselho de medicina brasileiro”, escreveu, o sceretário em sua página no Facebook, referindo-se ao presidente da Embratur.

Kinglsley foi preso em Bacuri, após denúncia do Conselho Regional de Medicina (CRM). Segundo a entidade, ele não tinha registro para atuar no Brasil. ”A pessoa que atendeu a criança no Hospital de Municipal de Mirinzal não tem registro no Conselho Regional de Medicina, estando, portanto, inabilitada para o exercício da medicina, conforme atesto do presidente do CRM, Abdon Murad”, explicou a  Secretaria de Estado da Saúde em nota.

prisão 

Em depoimento à Polícia Civil, no dia da prisão (veja auto de prisão em flagrante ao lado – clique para ampliar), o próprio nigeriano confirmou não ter revalidado ainda o diploma.

Em entrevista à TV Mirante, hoje (28), ele reafirmou que apenas se inscreveu para o “Revalida” em duas universidades, no Mato Grosso e em Minas Gerais.

Mesmo assim, parte da mídia ligada à oposição preferiu ignorar o fato e divulgou o documento de inscrição dele na UFMT (abaixo) como se fosse a comprovação de que o médico nigeriano já havia se habilitado a exercer a profissão legalmente.
Inscrição do nigeriano foi divulgada como comprovante de revalidação
Inscrição do nigeriano foi divulgada como comprovante de revalidação
Plantão

Ainda em entrevista à TV Mirante, Kinglsley Ify negou que estivesse de plantão em Mirinzal no dia da morte da criança. Ele disse que apenas acompanhava o médio Ubiratan Amorim num plantão – pelo qual recebia R$ 800.

Confrontado com a informação, Ubiratan garantiu: nem em Mirinzal estava no dia da morte da paciente. Disse que passou o plantão – e pagou por isso, pelo visto – ao médico nigeriano que sequer registro tem no Brasil.

Em tempo: o caso registrado em Mirinzal ocorreu com um nigeriano, homem negro, por isso alguns insistem na idiotice de racismo. Mas poderia (e ainda pode) muito bem ocorrer com muito estudante de medicina por aí. É público e notório que há muitos médicos formados pagando metade dos valores dos plantões que deveriam cobrir no interior para universitários, em troca da comodidade de ficar na capital.

Abre o olho, CRM!

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