Por Josenildo Melo
Costumo
proliferar e dizer que escrever é uma arte! E pra manter esta arte de
bem escrever os profissionais dos meios de comunicação, de forma
especial os Jornalistas precisam de tempo pra realmente escrever BEM! Um
verdadeiro Jornalista precisa dispor de tempo pra ler, pensar,
refletir, monitorar adequadamente fatos e acontecimentos, analisar e
contextualizar as palavras antes de expor responsavelmente essas mesmas
palavras e colocá-las de forma publica e acessível aos nobres leitores.
De tão comum e cotidiano, fica difícil prestar devida atenção em como
somos bombardeados por informação. São noticiários no rádio,
telejornais, revistas, jornais diários e até, claro, os atuais Web
sites, sempre abarrotados de novidades, conhecimentos, cultura, fatos e
fotos.
É… Nem sempre paramos para pensar no profissional que está por trás
daquele texto bem escrito, que sintetiza várias horas ou dias em alguns
parágrafos, que nos dão a perfeita localização no tempo e no espaço, nos
transferindo conhecimento suficiente para podermos compreender, opinar e
debater os assuntos de nosso interesse. 7 de abril é o dia oficial da
profissão de JORNALISTA.
HISTÓRIA: Este é o dia oficial da profissão de
jornalista. Esta comemoração foi criada pela Associação Brasileira de
Imprensa como homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró. Giovanni
Badaró foi médico e jornalista e assassinado no dia 22 de novembro de
1830, em São Paulo, por alguns dos seus inimigos políticos. O movimento
popular que se gerou por causa do seu assassinato levou a que D. Pedro I
abdicasse em 1831, no dia 7 de abril. Em 1931, cem anos depois do
acontecimento, é que surgiu a homenagem e o dia 7 de abril passou a ser
“Dia do Jornalista”.
OS JORNALISTAS são profissionais que poupam precioso
tempo, ofertando seus textos bem redigidos em forma de boa literatura
para degustação. Impressionante como conseguimos resumir num título ou
num ‘olho’ de matéria tudo aquilo que vamos digerir dali pra frente.
Segundo Marcello Pepe é bonito quando terminamos a leitura de uma
notícia, artigo, press-release, ou entrevista, e pensamos por um
instante que estávamos mesmo ao lado desse ‘contador de estórias’,
ouvindo até suas pausas para respiração, suas expressões faciais e
corporais.
Às vezes, me pego literalmente aplaudindo quando um comentarista como
Arnaldo Jabor conclui seu raciocínio, utilizando-se tão somente de
nossas usuais e corriqueiras palavras. Arquiteto da ortografia, o bom
jornalista é aquele que, assim como se faz na construção civil, emprega,
da língua Portuguesa, os materiais básicos que 99% das pessoas comuns
podem compreender, não fazendo disso um trabalho medíocre, mas, sim,
emprestando sua arte para fazer com que tijolos, vergalhões, areia,
pedra e cimento linguísticos, nas medidas e proporções corretas, tomem a
forma elegante e edificada que encontramos nas informações
jornalísticas.
De acordo com Marcello Pepe, das últimas décadas para cá, o ser
humano veio deixando de buscar informações e conhecimentos através da
língua escrita, para se nutrir de sons e imagens hipnóticas através da
televisão. É a geração digital que, num compreensível círculo vicioso,
se tornou segundo recentes pesquisas cada vez mais ignorante. A cada dia
eles deixam ainda mais de LER!
Nos últimos anos, empresários, funcionários, estudantes, donas de
casa voltaram compulsoriamente ao hábito da leitura e da escrita. Mas a
popularização da comunicação por e-mail fez com que executivos, que
usavam suas secretárias para redigir uma simples minuta de reunião ou um
comunicado interno, passassem a fazê-lo com suas próprias capacidades. O
resultado é um misto de sadismo ortográfico com exposição pública das
suas particulares deficiências. E o pior: na maioria dos casos, o
“redator” nem sabe que é motivo de escárnio. Escrever é coisa séria e é
uma Arte!
Senhores jornalistas, nossos parabéns pelo dia 7 de abril.
FRASES: “A sociedade é maior do que o mercado. O
leitor não é consumidor, mas cidadão.
Jornalismo é serviço público, não
espetáculo.” (Alberto Dines). “Posso não concordar com nenhuma das
palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você
dizê-las.” (Voltaire). “O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a
prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.”
(Cláudio Abramo).
*Josenildo Melo é JORNALISTA. Bacharel em Serviço Social pelo ICF – Instituto Camillo Filho.
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