Em 2012 escrevi um texto no qual assinalava que a eleição de 2014
seria certamente a mais difícil para a oposição (o leitor poderá
procurá-lo nos arquivos). Era um texto na contramão de tudo que se vinha
dizendo de 2010 até ali. E eu cravei o motivo: a presença, se viesse a
se confirmar, de Luís Fernando (PMDB) na disputa.
Era uma leitura, digamos, a contrapelo porque a oposição, logo após a disputa de 2010, começou a fazer leituras acima de otimistas sobre a eleição para governador no Maranhão em 2014. Flávio Dino (PCdoB) era franco favorito e pronto. Algumas das molas de sustentação desse otimismo exacerbado eram pesquisas de intenções de voto. Marquei que se tratava de atitude afoita acreditar em pesquisa eleitoral com tamanha distância da disputa real.
Foi com base nesse otimismo que Flávio Dino tratou de ser o maestro na disputa municipal de 2012 em São Luís. Recolheu alguns nomes capazes de disputar com chances de vitória e fez a escolha que lhe deu na telha, sem levar em conta fatores de grande importância para 2014. Um deles (e fundamental): a desagregação da oposição. Não por falta de aviso, diga-se, afinal José Reinaldo Tavares (PSB) insistiu até a desistência que ele, Flávio Dino, deveria ficar fora do processo em São Luís.
Como não dispensou a devida atenção – para só ficar na questão puramente política – ao nome do escolhido. Aferrou-se à ideia meramente eleitoral, como se apenas um dos nomes tivesse chance de vitória, quando na verdade o peso eleitoral se encontrava no avalista. Qual o histórico político de Edivaldo Holanda Júnior (PTC)? Qual o currículo político de Edivaldo Holanda, o pai?
Flávio Dino também não cuidou de pôr os olhos no pós-eleitoral. Edivaldo Holanda Júnior (e o pai, como agora sabemos) tinha consigo a capacidade de administrar São Luís, uma Capital que sempre cresceu desordenadamente e a que tudo falta?
Junte-se a tudo isso as participações de Flávio Dino nas redes sociais, onde se meteu na impertinente tarefa de rebater a toda espécie de crítica que lhe faziam. Quem se encontra em boa posição em pesquisas eleitorais não deve andar atrás de confusão. Até porque a voz do criticado credencia as críticas. O silêncio transforma críticas em ataques e o criticado, em vítima.
Mas a partir de 2010, e o otimismo exacerbado tem a ver com isso, Flávio Dino resolveu transformar-se em candidato, publicitário e porta-voz de si mesmo. Para não falar que tem emprestado os ouvidos a vozes imprudentes e muito pouco hábeis em estratégia política.
Assim, entramos em 2014 e as favas contadas parecem não ser mais de fácil colheita. Não digo que Dino vai perder a eleição (não trabalho com bola de cristal), só que a peleja será muito mais difícil do que ele supunha. É que Dino agregou à árdua tarefa de disputar uma eleição contra a máquina de Estado (difícil em todo o Brasil, não só no Maranhão como querem alguns afoitos) as suas incontáveis pisadas na bola. E isso contra um candidato competitivo como Luís Fernando, coisa que observei quando ainda todos na oposição faziam caso do candidato peemedebista.
Blog do Kenard
Era uma leitura, digamos, a contrapelo porque a oposição, logo após a disputa de 2010, começou a fazer leituras acima de otimistas sobre a eleição para governador no Maranhão em 2014. Flávio Dino (PCdoB) era franco favorito e pronto. Algumas das molas de sustentação desse otimismo exacerbado eram pesquisas de intenções de voto. Marquei que se tratava de atitude afoita acreditar em pesquisa eleitoral com tamanha distância da disputa real.
Foi com base nesse otimismo que Flávio Dino tratou de ser o maestro na disputa municipal de 2012 em São Luís. Recolheu alguns nomes capazes de disputar com chances de vitória e fez a escolha que lhe deu na telha, sem levar em conta fatores de grande importância para 2014. Um deles (e fundamental): a desagregação da oposição. Não por falta de aviso, diga-se, afinal José Reinaldo Tavares (PSB) insistiu até a desistência que ele, Flávio Dino, deveria ficar fora do processo em São Luís.
Como não dispensou a devida atenção – para só ficar na questão puramente política – ao nome do escolhido. Aferrou-se à ideia meramente eleitoral, como se apenas um dos nomes tivesse chance de vitória, quando na verdade o peso eleitoral se encontrava no avalista. Qual o histórico político de Edivaldo Holanda Júnior (PTC)? Qual o currículo político de Edivaldo Holanda, o pai?
Flávio Dino também não cuidou de pôr os olhos no pós-eleitoral. Edivaldo Holanda Júnior (e o pai, como agora sabemos) tinha consigo a capacidade de administrar São Luís, uma Capital que sempre cresceu desordenadamente e a que tudo falta?
Junte-se a tudo isso as participações de Flávio Dino nas redes sociais, onde se meteu na impertinente tarefa de rebater a toda espécie de crítica que lhe faziam. Quem se encontra em boa posição em pesquisas eleitorais não deve andar atrás de confusão. Até porque a voz do criticado credencia as críticas. O silêncio transforma críticas em ataques e o criticado, em vítima.
Mas a partir de 2010, e o otimismo exacerbado tem a ver com isso, Flávio Dino resolveu transformar-se em candidato, publicitário e porta-voz de si mesmo. Para não falar que tem emprestado os ouvidos a vozes imprudentes e muito pouco hábeis em estratégia política.
Assim, entramos em 2014 e as favas contadas parecem não ser mais de fácil colheita. Não digo que Dino vai perder a eleição (não trabalho com bola de cristal), só que a peleja será muito mais difícil do que ele supunha. É que Dino agregou à árdua tarefa de disputar uma eleição contra a máquina de Estado (difícil em todo o Brasil, não só no Maranhão como querem alguns afoitos) as suas incontáveis pisadas na bola. E isso contra um candidato competitivo como Luís Fernando, coisa que observei quando ainda todos na oposição faziam caso do candidato peemedebista.
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