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terça-feira, 1 de abril de 2014

Cultivo da soja é expandido para novas regiões do Maranhão

        
Tradicionalmente cultivada na Região Sul do Maranhão, especialmente no município de Balsas, a soja está ocupando lavouras em regiões antes com outras culturas. É o que mostra levantamento feito pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima).

A agência tem mapeadas 276 propriedades que cultivam a soja na região de influência de sua unidade regional em Balsas, 72 propriedades na área da regional de Chapadinha, 37 propriedades na regional de São João dos Patos, e cinco propriedades na regional de Caxias, que engloba municípios da Região dos Cocais, onde o cultivo do grão ainda é novidade.

“O cultivo da soja já não se concentra tanto na Região Sul, como acontecia há décadas no estado. O grão já está sendo cultivado em áreas mais próximas à capital, o que facilita até o escoamento da produção”, ressalta o secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo.

Dentro das ações de defesa e inspeção sanitária vegetal, a Aged atua junto aos produtores e estabelecimentos comerciais de forma educativa e fiscalizadora. Em operações rotineiras de fiscalização, as equipes avaliam a regularidade dos cadastros de unidades de produção e o cumprimento do Vazio Sanitário - período em que é proibido o cultivo do grão como ação preventiva da doença conhecida como Ferrugem Asiática. A fiscalização também é direcionada para o comércio, o uso e aplicação de agrotóxicos adequados à cultura, além do descarte correto e devolução das embalagens vazias de agrotóxicos aos pontos credenciados.

Somente no ano passado, foram realizadas cerca de 2.500 ações fiscalizatórias, resultando em 15 autuações por infrações à legislação.

Durante o mês de março, uma equipe de fiscais agropecuários da unidade regional da Aged em Caxias, percorreu algumas propriedades com cultivo de soja na Região dos Cocais. Entre as propriedades visitadas, a Fazenda Artuso, em Caxias, que dedica 1.550 ha dos seus 5.000 ha ao cultivo da soja transgênica e convencional. Durante a visita, os fiscais acompanharam a aplicação de agrotóxico indicado para a prevenção de Antracnose e pragas como a lagarta da maçã e a lagarta falsa medideira, que quando presentes na área causam danos econômicos à cultura.

A propriedade foi aprovada pela equipe de fiscalização por utilizar agrotóxicos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e na Aged, além de adequados ao cultivo da soja. Os técnicos também constataram o descarte correto das embalagens vazias de agrotóxicos, que deve ser feito, devolvendo-as ao estabelecimento onde foram adquiridas, após a tríplice lavagem no momento do uso.

“Temos cumprido nosso papel de defesa e inspeção vegetal, que consideramos de grande importância para o estado, uma vez que promovemos o controle constante de doenças e pragas nas culturas, através do monitoramento das áreas cultivadas e da disseminação das informações necessárias sobre uso correto de agrotóxico e da correta destinação de suas embalagens. Isso se reflete em segurança alimentar para a população”, destacou o fiscal estadual agropecuário, Francisco Rodrigues da Silva, da Aged em Caxias.

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