Tradicionalmente cultivada na Região Sul do
Maranhão, especialmente no município de Balsas, a soja está ocupando lavouras
em regiões antes com outras culturas. É o que mostra levantamento feito pela
Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), vinculada à
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima).
A
agência tem mapeadas 276 propriedades que cultivam a soja na região de
influência de sua unidade regional em Balsas, 72 propriedades na área da
regional de Chapadinha, 37 propriedades na regional de São João dos Patos, e
cinco propriedades na regional de Caxias, que engloba municípios da Região dos
Cocais, onde o cultivo do grão ainda é novidade.
“O
cultivo da soja já não se concentra tanto na Região Sul, como acontecia há
décadas no estado. O grão já está sendo cultivado em áreas mais próximas à
capital, o que facilita até o escoamento da produção”, ressalta o secretário da
Sagrima, Cláudio Azevedo.
Dentro
das ações de defesa e inspeção sanitária vegetal, a Aged atua junto aos
produtores e estabelecimentos comerciais de forma educativa e fiscalizadora. Em
operações rotineiras de fiscalização, as equipes avaliam a regularidade dos
cadastros de unidades de produção e o cumprimento do Vazio Sanitário - período
em que é proibido o cultivo do grão como ação preventiva da doença conhecida
como Ferrugem Asiática. A fiscalização também é direcionada para o comércio, o
uso e aplicação de agrotóxicos adequados à cultura, além do descarte correto e
devolução das embalagens vazias de agrotóxicos aos pontos credenciados.
Somente
no ano passado, foram realizadas cerca de 2.500 ações fiscalizatórias,
resultando em 15 autuações por infrações à legislação.
Durante
o mês de março, uma equipe de fiscais agropecuários da unidade regional da Aged
em Caxias, percorreu algumas propriedades com cultivo de soja na Região dos
Cocais. Entre as propriedades visitadas, a Fazenda Artuso, em Caxias, que
dedica 1.550 ha dos seus 5.000 ha ao cultivo da soja transgênica e
convencional. Durante a visita, os fiscais acompanharam a aplicação de
agrotóxico indicado para a prevenção de Antracnose e pragas como a lagarta da
maçã e a lagarta falsa medideira, que quando presentes na área causam danos
econômicos à cultura.
A
propriedade foi aprovada pela equipe de fiscalização por utilizar agrotóxicos
registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e na
Aged, além de adequados ao cultivo da soja. Os técnicos também constataram o
descarte correto das embalagens vazias de agrotóxicos, que deve ser feito,
devolvendo-as ao estabelecimento onde foram adquiridas, após a tríplice lavagem
no momento do uso.
“Temos
cumprido nosso papel de defesa e inspeção vegetal, que consideramos de grande
importância para o estado, uma vez que promovemos o controle constante de
doenças e pragas nas culturas, através do monitoramento das áreas cultivadas e
da disseminação das informações necessárias sobre uso correto de agrotóxico e
da correta destinação de suas embalagens. Isso se reflete em segurança
alimentar para a população”, destacou o fiscal estadual agropecuário, Francisco
Rodrigues da Silva, da Aged em Caxias.
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