Trabalhadores e seus filhos transformados em bandidos

Por RICARDO MURAD - Isso é um deboche assim como a ação policial que deteve 180 pessoas quando se divertiam numa festa, maioria jovens, que foram alvos de uma verdadeira barrigada por parte da ação de um governo que só pensa em fazer espetáculos para tirar Flávio Dino da pauta negativa que tanto o desgasta e enfraquece. O problema é que todos os detidos, sem exceção eram pessoas de bem, não se tratavam de membros de facção criminosa como anunciou a imprensa oficial. A festa foi anunciada na internet, paga, R$ 15 o ingresso, segurança privada na porta e dentro do evento. Se tinha menor - e onde não tem? - deveriam ter chamado o Conselho Tutelar para retirá-los. Mais grave ainda, é que foram tratados como bandidos, submetidos à execração pública como integrantes de facções criminosas. Depois da trapalhada o próprio governo teve que anunciar que todos têm ficha limpa. Nenhum dos presos tinha passagem pela polícia ou qualquer delito registrado em seu nome. Que esculhambação!

O secretário Jefferson Portela, para atender a necessidade da mídia de Márcio Jerry, jogou a PM nessa fria e ao mesmo tempo contra a Polícia Civil que foi obrigada a emitir uma nota para desmentir o próprio secretário de segurança. Pena que o delegado chefe da Seic, para tentar jogar água fria na trapalhada, acabou por se exceder defendendo como legal a detenção em massa sem ordem judicial e sem flagrante delito de mais de 180 maranhenses que só se divertiam. Uma pena a polícia deixar de ser polícia para virar política. As pessoas presas pela política perseguidora de Flávio Dino eram trabalhadores e jovens honestos que apenas se divertiam e foram vítimas da torpeza de um governo que se acha acima de tudo e de todos e não dá a mínima para a honra das pessoas.

Demonstra que no Maranhão não há governo que se respeite. Terra de ninguém. Casa da noca. Uma vergonha esse trio Dino - Jerry - Portela que só nos envergonha. Flávio deve punir os responsáveis, a começar pelo seu secretário de Segurança e pedir desculpas publicamente para todas as pessoas atingidas e às suas famílias.