A
partir de hoje, a governadora Roseana Sarney (PMDB) conta com exatos 20
dias para decidir se se desincompatibilizará para concorrer a uma
cadeira no Senado da República ou se permanece no cargo até o fechamento
do seu mandato, no dia 31 de dezembro.
Se decidir sair, a governadora abrirá
caminho para a eleição, indireta, pela Assembleia Legislativa, de um
governador para o mandato-tampão. Se ficar, comandará o processo
eleitoral a distância, sem qualquer envolvimento direto e formal na
campanha. A eventual vacância do cargo de governador e a eleição
indireta têm sido o ponto central do frenesi que tomou conta da seara
política desde que o então vice Washington Oliveira foi nomeado para o
Tribunal de Contas, passando o presidente da Assembleia Legislativa a
ser também vice-governador.
Esse cenário deu ao presidente da Casa,
deputado Arnaldo Melo (PMDB), o gás que precisava para se colocar como
candidato ao eventual mandato-tampão. Mas teve como poderoso contrapeso o
pré-candidato do PMDB a governador, Luis Fernando Silva, cujo projeto é
ser eleito indiretamente e se candidatar á reeleição no Carmo.
Se a governadora decidir permanecer no
cargo até o fim, cada um seguirá o seu rumo, irmanados dentro do grupo, e
tudo evoluirá de acordo com as circunstâncias políticas e eleitorais.
Mas se decidir sair terá de usar uma hábil engenharia política para
acomodar interesses os mais diversos e evitar uma situação de disputa
dentro do grupo. Arnaldo Melo não esconde seu projeto de chegar ao
Palácio dos Leões por essa via.
Aliados de Luis Fernando argumentam que
sua eleição indireta facilitará sua eleição direta. É claro que a
decisão de sair ou ficar da governadora tem a ver com essa equação
sucessória, mas muitos outros fatores estão pesando no exame das duas
opções, entre eles a vontade de entrar as grandes obras que estão sendo
concluídas e a necessidade de dar tempo a si e à família.
Vale, portanto, aguardar.
Coluna Estado Maior/O Estado
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