O preço dos combustíveis deve sofrer um novo aumento até o mês junho.
A informação é do presidente do Sindicato dos Revendedores de
Combustíveis do Maranhão, Orlando dos Santos, e se baseia num comunicado
da Agência Nacional de Petróleo (ANP) feito aos empresários.
Ainda
segundo o sindicalista, a margem de aumento vai oscilar entre 7% e 9%
dos preços praticados atualmente. Em entrevista coletiva, ele comentou
os últimos acontecimentos envolvendo o setor em São Luís, como por
exemplo, chamou de “irrisório” o aumento de R$ 0,20.
A entrevista de Orlando dos Santos foi o primeiro posicionamento
oficial dos empresários após o polêmico aumento no preço dos
combustíveis na capital maranhense. Na primeira dezena deste mês,
consumidores foram foram surpreendidos com a remarcação, simultânea e
repentina, de preços, em média de R$ 0,20.
Oscilações de preços
Sobre o aumento dos combustíveis, em especial, a gasolina, Orlando
dos Santos foi enfático e resumido: “O mercado é livre. O sindicato não
trata de preços e nenhum revendedor ‘abre’ seus custos. Cada um o compõe
de acordo com sua estrutura.”
CPI dos Combustíveis
Orlando dos Santos disse estar ” à disposição da Assembleia”, mas fez
questão de ressaltar que ainda não há certeza de que ela seja aprovada.
Considerou a proposta legítima, desde que os deputados tenham a
intenção de esclarecer. “Não sabemos se ela (CPI) vai ‘vingar’ ou não. É
um direito legítimo do legislador e há apoio, se o objetivo é
esclarecer. Se for eleitoreira, não.” Sobre a possibilidade de ser
convocado pelos deputados para prestar esclarecimentos na Assembleia,
dos Santos disse que vai sem nenhum problema. “Se for convocado, irei
sim”.
Manifestações
Com relação às manifestações que vem sendo marcadas pela internet, o
presidente, a exemplo da CPI, declarou apoiar a iniciativa e minimizou o
impacto que o pedido de nota fiscal para abastecimento de apenas R$
0,50 não interfere no bolso do empresário. “Defendemos a transparência
do setor porque com essa celeuma criada o revendedor é tido como o vilão
e até bandido. Sobre pedir a nota,Tanto faz abastecer R$ 0,50 ou até R$
0,01. Os impostos são todos retidos na fonte.”
Investigação do Ministério Público
Pouco tempo depois de ter sido observado o aumento repentino e
simultâneo, o Ministério Público Estadual iniciou uma investigação para
apurar a possibilidade de formação de cartel. O caso foi classificado
pela promotora do Consumidor, Lítia Cavalcanti, como sendo um “aumento
abusivo” e o sindicalista rebateu: “Não sei o que ela (promotora)
considera aumento abusivo”, e continuou: ” Esses R$ 0,20 corresponde a
4% ou 5% (do faturamento). O que é irrisório, se comparado com a carga
tributária.”
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