Com a virulência que caracteriza suas manifestações nas redes
sociais, o ex-presidente da Embratur, Flávio Dino, postou no Twitter:
“Assim como os nazistas queriam esconder o assassinato dos judeus, a
oligarquia faz barulho para esconder seus crimes”.
Mas a carga de ódio que carrega em sua personalidade
dissolve-se em estranha complacência com o grupelho político que apoia
sua candidatura ao Governo do Maranhão - formado por políticos que
tiveram suas atuações manchadas por denúncias de desvios de dinheiro
público e que já deveriam ter sido banhidos da política.
Atualmente, Flávio Dino se notabiliza pela falange de
condenados pela Justiça Estadual e Federal, de diferentes gerações, do
pedetista Weverton Rocha, de 35 anos, ao quase octogenário Zé Vieira,
acusado de desviar 3 milhões de reais do Fundef.
Em cada reduto eleitoral, Dino é apoiado justamente por um
ficha-suja ou pela ala política envolvida em falcatruas e velhos
esquemas. Em Coroatá, possui o apoio incondicional do ex-prefeito, Luís
da Amovelar, condenado pela Justiça Federal por desvio de verbas
federais destinadas à educação. O Ministério Público Federal condenou o
ex-prefeito a devolver aos cofres municipais o valor de R$ 1.223.174,12
com as devidas correções monetárias e suspendeu seus direitos políticos
por oito anos, tornando-o inelegível.
Em Tuntum, Dino tem como aliado o ex-prefeito Cleomar Tema,
que chegou a ser preso na ação policial, intitulada de Operação Rapina,
uma das maiores operações da PF no país. Na Baixada Maranhense, é o
ex-prefeito Zé Arlindo quem empresta a falta de credibilidade para pedir
voto a Flávio Dino. Apelidado de “Zé Traíra”, mal perdeu a eleição e já
teve seus direitos políticos cassados por irregularidades à frente da
administração municipal.
Além disso, o grande articulador da campanha eleitoral de
Flávio Dino é o ex-governador Zé Reinaldo Tavares, algemado e preso na
Operação Navalha da Polícia Federal (PF), que desmontou, em 2007, um
esquema de fraudes de licitações e desvios de recursos públicos federais
em favorecimento da construtora Gautama, de Zuleido Veras.
Dedé Macedo, Humberto Coutinho, Waldir Maranhão, Othelino
Neto… A lista é enorme e nem cabe aqui neste blog. Falta citar
ainda muitos dos aliados de Dino que utilizam métodos nada “ortodoxos”
para a manutenção de suas atividades.
O Flávio Dino que pretende ser a “renovação” na política é o
mesmo que foi eleito deputado federal pelas portas escancaradas da
corrupção dos convênios eleitoreiros reinaldistas, em 2006. E é desta
forma que ele pretende “mudar as práticas políticas”, nas eleições 2014.
Fonte: Blog do Seu Riba
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