O caquético Hospital Djalma Marques, o Socorrão I, parece guardar debaixo de seu assoalho uma caveira de burro. Holandinha precisou nomear uma secretária do PMDB de Roseana e Luis Fernando para a saúde municipal. Mas nem a católica Helena Duailibe consegue exorcizar a maldição que ronda aquela unidade de saúde, que no ano passado foi chamada de “Inferno” pelo Globo Repórter.
A exoneração de três diretores do Socorrão I, em pouco mais de um ano de mandato do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, é apenas o reflexo de uma crise ingerenciável no local.
A sexta-feira passada nem era 13, mas parecia. A manifestação dos usuários dos transportes coletivos engrossou o côro dos insatisfeitos com a gestão Holandinha, aumentando com a ameaça de paralisação dos servidores do Socorrão.
Um profissional que trabalha carregando macas no hospital não quis se identificar, mas declarou: “A população não sabe o que passamos aqui, nossa alimentação é uma galinha branca, sem gosto, que na maioria das vezes, vai pro lixo. Cortaram nossa hora extra. De 51 maqueiros ficaram só 30. Como podemos atender a tanta gente? Este já é o quarto diretor que toma posse e nada resolve. Aqui falta tudo, principalmente gestão, esse prefeito e seus comandados estão mais perdidos que cego em tiroteio”.
Indiganda, uma técnica em Enfermagem afirmou: “E essa mudança de diretor? Já foram três, em menos de um ano e três meses, Estamos à deriva, é o retrato que nada vai bem. Estamos com salário atrasado, no que diz respeito ao SUS, sem falar na alimentação, que nem cachorro come, de tão ruim que é. Aqui, todo diretor chega descalço e sai de carrão, é uma vergonha!”
O novo diretor, o quarto na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, será o médico Ademar Bandeira que acumulará a função de diretor dos dois Socorrões, um 1 e 2. “Se para administrar só o Socorrão I já é uma mão de obra que não tá dando certo, imagine acumular as duas funções! Quem viver, verá”, reagiu a profissional de saúde.
A enfermeira Kenia França denuncia que os servidores do SAMU receberam aumento, mas os profissionais lotados no Socorrao I sequer receberam seus salários.
Vera Simone, enfermeira há 27 anos no Socorrão I, descreve o caos local. “A começar pelos maqueiros, eles são parte importante no processo, estão sem gratificações, sem hora extra. A alimentação é um nojo, lutamos pelo melhor, mas como perseverar, se de 15 em 15 dias muda o diretor?Trabalho na emergência e lhes digo que a emergência do Socorrão I hoje pede SOCORRO! Desde 2007 que nosso salário está congelado, a insalubridade caiu de 40 para 20%. Não fazem concurso e nada muda minha gente. Queremos mais condições de trabalho, mais respeito. Quem garante que esse novo diretor vai atender às demandas reais? Está tudo desgovernado. Eles dizem que Socorrão I é uma autarquia, que se sustenta. Como? Se tudo está dessa forma?”, reclama,
O Socorrão I é somente mais um exemplo de que uma coisa é “promessa eleitoreira” para iludir o eleitorado e outra coisa é mudança de fato. São Luís é o retrato de como sai caro acreditar em “mudança de gogó”
Fonte: Blog do Seu Riba
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