O
Maranhão, estado pioneiro na implementação do Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA), em todo o Brasil, avançou ainda mais essa semana, com o
início da comercialização dos produtos dos agricultores familiares nos
municípios de Raposa, Buriti Bravo e Magalhães de Almeida. Agora, somado
ao município de Arari – primeira localidade no país a implantar nova
forma de execução do PAA este ano -, são mais três as cidades
maranhenses em que é assegurada ao pequeno agricultor a comercialização,
um dos principais elos da cadeia produtiva.
O agricultor familiar José Ribamar Reis,
da Vila Talita, em Raposa, acredita em futuro bem melhor com a certeza
que, a partir de agora, terá mercado para todos os produtos que cultiva.
Com as culturas de mamão, mandioca, acerola, banana, feijão, entre
outras, ele fez um relato de como era difícil anteriormente
comercializar o fruto de seu trabalho: “Tínhamos que ir para a Feira do
João Paulo, em São Luís. Era um sacrifício”, relembra.
A sua filha Zildiane Reis dos Santos,
também agricultora familiar, disse que antigamente, ao preparar os
produtos para a comercialização, muito se perdia pela falta de mercado.
“Agora, sabemos para quem vender, além de termos uma renda assegurada
todos os meses”, afirmou, ao lado de Antônia Cunha Santos, que espera
melhorar de vida a cada dia que passa, com mais produção, mais venda e
renda para ela e sua família.
O início da comercialização em Raposa,
que teve a sua proposta de venda aprovada pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (MDS),oficializada pela
Portaria nº 38 de 29 de abril de 2013, foi a acompanhado de perto pela
superintendente de Agricultura Familiar da Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fabíola Ewerton; pela
coordenadora estadual do PAA, Antônia Lúcia Sardinha Malheiros dos
Santos; e por Rosana Dias e Ana Paula Rosa Teixeira, respectivamente,
secretária de Agricultura e coordenadora do PAA, em Raposa.
Elas constataram a comercialização de
hortaliças, frutas, polpas de frutas e produtos de origem animal
(pescados e frangos), que contemplam seis entidades socioassistenciais e
um público de pelo menos 1.800 pessoas. Ao todo são 53 agricultores
familiares das comunidades de Pirâmide, Alto do Farol, Cumbique, Caura,
Itapeua, entre outras, que com a venda de seus produtos, vão
proporcionar um volume de negócios de R$ 235 mil até o fim do ano.
Perspectivas
Até o fim deste ano, o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) deve ser implantado em 97 municípios do
Maranhão. Destes, 71 já assinaram, em parceria com o Governo do Estado, o
Termo de Adesão ao PAA com o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS) e 26 estão em processo de adesão.
Para o secretário de Estado do
Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho, o PAA –
programa desenvolvido em parceria com a União, Estados e Municípios – é
essencial para o fortalecimento e o incremento da agricultura familiar
em todo o Brasil e indispensável para a redução da pobreza e elevação do
Índice de Desenvolvimento Humano no Maranhão.
“Somente em 24 municípios maranhenses
que vão integrar, em breve, o PAA, vão ser contemplados 957 agricultores
familiares e 149 entidades, com um volume de negócios de quase R$ 5
milhões”, contabilizou Fernando Fialho.
Os municípios beneficiados são Afonso
Cunha, Alcântara, Bacabal, Cachoeira Grande, Cândido Mendes, Cantanhede,
Central do Maranhão, Dom Pedro, Guimarães, Humberto de Campos,
Itapecuru-Mirim, Lagoa do Mato, Magalhães de Almeida, Marajá do Sena,
Morros, Nina Rodrigues, Parnarama, Passagem Franca, Pindaré Mirim,
Raposa, São João do Sóter, Santana do Maranhão e Vargem Grande.
“Dessa forma, nas pequenas comunidades,
os agricultores familiares podem gerar divisas que serão reinvestidas no
incremento de suas produções, além de sobrar dinheiro para
investimentos e melhoria da qualidade de vida destas famílias”, refletiu
Fialho, ao destacar o esforço do Governo do Maranhão em assegurar
negócios para 100% da produção, que entre outras ações promove a
realização de feiras e busca a implantação de Centros de
Comercialização.
Qualificação
Ao longo deste ano, foram vários os
cursos promovidos pela Sedes para orientar os gestores municipais sobre o
Preenchimento do Termo de Adesão ao PAA e sobre o acesso ao SISPAA –
Sistema do Programa de Aquisição de Alimentos, e a consequente
operacionalização do Programa de Aquisição de Alimentos.
Para o secretário de Agricultura de
Porto Rico, Flávio Mendes, com o programa, o agricultor tem mercado
consumidor garantido e a prefeitura pode ofertar alimentação de
qualidade em escolas, creches, hospitais, entre outras instituições. “No
nosso município, temos hoje uma produção significativa de arroz, milho,
feijão, além de hortaliças”, enumerou.
O secretário de Agricultura de Matinha,
Jubervan Amaral, também concordou que, além da garantia de mercado, o
município tem ampla perspectiva para o incremento de sua produção.
“Estamos com uma equipe em campo (formada por tecnólogos agrícolas,
engenheiros agrônomos, entre outros profissionais) que está difundindo
novas e modernas tecnologias. Hoje, Matinha é o maior produtor de peixe
da Baixada. Além, do PAA temos ainda o Compra Local para mercado
consumidor de todos os nossos produtos”, frisou.
Fonte: Governo do Estado
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