Por RICARDO MURAD - Flávio Dino e Marcos Pacheco decretam que irão fechar os hospitais municipais de pronto atendimento, unidades estratégicas e essenciais do programa Saúde é Vida para assistência à saúde de milhões de maranhenses que moram nos mais de 180 pequenos municípios maranhenses, que antes não tinham um leito sequer para os atendimentos de urgência, internações nas clínicas básicas e, principalmente, maternidade para que tenham seus filhos em condições dignas em caso de parto normal. Apenas um gestor insensível e sem qualquer noção do que são prioridades na saúde pública estadual tem a insanidade de declarar que tais hospitais não são resolutivos. Leiam o que disse o secretário marcos Pacheco:
“Em vez de você estar dispersando os recursos pequeninos hospitais, que são pouco resolutivos, apenas recebem o paciente encaminham para cá [para são luís]".
Muitos de vocês têm famílias que moram no interior, em municípios que não dispõem de qualquer unidade 24 horas, com médico e enfermeiro presente, e sabem o sofrimento das pessoas que têm mal súbito, sofre um acidente, cai da moto, tem um princípio de derrame, uma crise de pressão alta e precisa de um socorro médico imediato. Isso sem se falar que o Maranhão era o estado com o menor número de leitos por habitante dentre todos os estados brasileiros.
Para Flávio Dino e Marcos Pacheco, esses maranhenses devem procurar um dos hospitais regionais ou macrorregionais que nós construímos exatamente para dar suporte aos hospitais de pronto atendimento municipais, para os casos de maior gravidade e complexidade.
Venho alertando há muito tempo que essa política de saúde, assassina e desumana, que está sendo praticada, vai provocar a morte de milhares de inocentes e isso não pode ficar sem uma reação enérgica das autoridades. Esse sistema foi proposto pelo estado, parte integrante das metas do programa Saúde é Vida, aprovado numa Assembleia Geral dos prefeitos e secretários de saúde dos municípios, ratificado pela comissão intergestores bi-partite. Na época foi pactuado que o estado asseguraria uma contrapartida financeira mensal de R$ 60 mil, depois reajustado para R$ 100 mil. Flávio Dino e Marcos Pacheco não têm poderes para quebrar unilateralmente a pactuação firmada por isso é necessária ação imediata das autoridades.
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