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O julgamento que decidirá o impeachment de Dilma Rousseff
começará no próximo dia 25, quinta-feira, às 9h. A decisão foi tomada
nesta quarta, em uma reunião entre os líderes do senado e o ministro do
Supremo, Ricardo Lewandowski. A presidenta afastada deve comparecer ao julgamento.
Segundo o acordo feito nesta terça no Senado, os dois primeiros dias de julgamento (25 e 26) serão dedicados à oitiva das testemunhas (duas
da acusação e seis da defesa). A ideia é que essa etapa se prolongue
até que todas as testemunhas sejam ouvidas, o que pode levar a sessão do
dia 26 a entrar pela madrugada. Haverá interrupção dos trabalhos no
final de semana, ao contrário do que parte dos senadores aliados a Michel Temer
desejava. Os trabalhos serão retomados na segunda-feira, dia 29, às 9h,
quando deve ocorrer o depoimento de Rousseff, que responderá os
questionamentos dos senadores. Não há prazo para término. O presidente
do senado, Renan Calheiros, no entanto, afirmou nesta semana que espera
que tudo termine em quatro dias, já que "ninguém aguenta mais essa delonga".
Nesta quarta, ela afirmou ao jornal Folha de S.Paulo
que irá ao Senado, ao contrário do que se especulava nos últimos dias. A
avaliação era de que ela evitaria o encontro com os senadores por temer
um enfrentamento agressivo. "Nunca tive medo disso. Aguentei tensões
bem maiores na minha vida. É um exercício de democracia", disse ela ao
jornal. Esta será a primeira vez que a presidenta afastada comparecerá
ao Congresso para fazer a sua defesa.
Na última terça-feira, ela divulgou em um vídeo em seu canal
no Facebook uma carta
em que propunha que, se voltasse à Presidência, faria um plebiscito
para consultar a população sobre novas eleições e reforma política.
“Entendo que a solução para as crises política e econômica que
enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas”, ressaltou ela
na carta.
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