Maranhão: Polícia Federal em ação!!!
12/07/2016 12h09
- Atualizado em
12/07/2016 15h58
Um dos presos foi o dono da Grupo Dimensão, Antônio Barbosa de Alencar.
Empresa opera na área de construção civil e fraudava alvarás.
A Polícia Federal (PF) prendeu nove pessoas em São Luís na manhã desta
terça-feira (12) nos desdobramentos da Operação "Lilliput", que apura
supostos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica,
inserção de dados falsos em sistema, além de crimes contra a ordem
tributária.
Foram cumpridos 42 mandados judiciais, sendo nove mandados de prisão
temporária, 11 mandados de condução coercitiva e 27 mandados de busca e
apreensão. A operação foi realizada pela Polícia Federal em parceria com
o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal.
Entre os presos está Antônio Barbosa de Alencar, dono do grupo
Dimensão, que opera na área de construção civil. Também foram presos
Antônio Alves Neto, Osmir Torres Neto, Arivaldo Silva Braga, Alan Fialho
Gandra, Alan Fialho Gandra Filho, Maria das Graças Coelho Almeida, José
Roosevelt Pereira Bastos Filho e Dário Jacob Bezerra. De acordo com as
investigações, o grupo criminoso fraudava documentos e burlava a
fiscalização para beneficiar empresas do Grupo Dimensão.
Foram conduzidos coercitivamente Valdemar Lima de Morais, Antônio de
Jesus Oliveira Santana, Alberto Lauteres Romeiro, Jorge Luiz da Cruz
Silva, Wilton de Sousa Costa, José de Ribamar Lima Assunção, Wilson de
Barros Bello Filho, Lourenço Borges Ferreira, Maria das Graças Lima
Figueiredo, Henrique Vieira e Luiz Carlos Nunes Martins.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio no valor de até R$ 3
milhões nas contas do Antônio Barbosa de Alencar e de até R$ 50 mil em
nome da servidora pública Maria das Graças Coelho Almeida.
O grupo realizava várias atividades ilícitas, entre elas, a fraude de
alvarás para facilitar o início de novas obras por parte das empresas
construtoras. A Polícia Federal
também utilizou durante investigação imagens de câmeras de segurança de
agências bancárias que mostravam os agentes públicos envolvidos na rede
de corrupção realizando saques que ultrapassavam o valor de R$ 100 mil,
que, segundo a PF, seria utilizado para pagamento de propina.
A Polícia Federal investiga, ainda, a possibilidade de o grupo estar trabalhando em parceria com outra organização criminosa.
O G1 tentou contato telefônico com o Grupo Dimensão, mas até o momento não conseguiu.
Nove pessoas foram presas em cumprimento a mandados de prisão temporária (Foto: Douglas Pinto/TV Mirante)
Investigação
De acordo com as investigações, o esquema se iniciou quando auditores
fiscais detectaram irregularidades em obras do Grupo Dimensão. Ao
notificarem a situação ao proprietário da empresa, ele teria ofertado
vantagem econômica aos auditores para que retardassem os processos de
fiscalização.
Foi constatado após investigações que houve retardo nos processos de
fiscalização da empresa. Além de sonegar impostos, esquema também
contava com fraudes de alvarás para iniciar novas obras.
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