Péricles Silva Filho e Benedito Silva Carvalho foram presos no MA.
Eles são responsáveis por empresas terceirizadas da área da Saúde.
A Polícia Federal
(PF) divulgou nesta quinta-feira (6) os nomes dos três presos na 2ª e
3ª fase da Operação Sermão aos Peixes, que investiga o desvio de verbas
da saúde destinadas a hospitais públicos no Maranhão. Foram presos
Péricles Silva Filho e Benedito Silva Carvalho, no Maranhão, e Emílio
Borges Resende, na cidade de Juquitiba, em São Paulo.
O G1 está tentando entrar em contato com a defesa dos
presos. Por telefone, o número de Péricles Silva Filho não completa a
ligação. A reportagem entrou em contato pelo número do telefone da sede
do Instituto Cidadania e Natureza (ICN), em São Luís, do qual Benedito Silva Carvalho seria um dos representantes, mas a ligação não completa.
Eles são responsáveis por empresas terceirizadas da área da Saúde chamadas de Organizações Sociais, que prestaram serviço ao Governo do Maranhão entre 2010 e 2013, e teriam desviado pelo menos R$ 36 milhões dos cofres públicos.
Eles são responsáveis por empresas terceirizadas da área da Saúde chamadas de Organizações Sociais, que prestaram serviço ao Governo do Maranhão entre 2010 e 2013, e teriam desviado pelo menos R$ 36 milhões dos cofres públicos.
Na segunda fase, denominada de Operação Abscôndito, as investigações
identificaram que o grupo criminoso agiu no sentido de destruir e
ocultar provas, incluindo a venda suspeita de uma aeronave objeto de
decisão judicial, após o possível vazamento da Operação Sermão aos
Peixes, em novembro de 2015. A outra fase da operação, batizada de
Voadores, apurou o desvio de cerca de R$ 36 milhões através do desconto
de cheques e posterior depósito nas contas de pessoas físicas e
jurídicas vinculadas aos envolvidos, incluindo o saque de contas de
hospitais.
Além das três prisões, a PF cumpriu outros 29 mandados judiciais em Araguaína e Palmas, no estado do Tocantins, Goiânia e Arenópolis,
em Goiás, dos quais 12 foram de condução coercitiva (a pessoa é levada
em depoimento) e 17 de busca e apreensão. Também foi realizado o
sequestro de bens da quadrilha como aviões e carros de luxo, avaliados
em R$ 2,5 milhões.
As empresas terceirizadas eram encarregadas de gerenciar o dinheiro da Saúde no Estado. Segundo as investigações, verbas que deveriam ser destinadas a hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA´s) eram transferidas diretamente para as contas dos donos dessas empresas. Um dos hospitais mais prejudicados foi o Hospital do Câncer do Maranhão.
Um dos presos, Benedito Silva Carvalho, que era o representante de uma das empresas investigadas, desviou R$ 110 mil do Hospital do Câncer. As transferências eram feitas gradualmente, com valores pequenos para não chamar a atenção.
Os envolvidos irão responder por peculato e lavagem de dinheiro. Eles também serão indiciados por destruir provas, já que em uma fase anterior da operação várias informações foram apagadas dos computadores das empresas. A PF suspeita de vazamento de informações.
As empresas terceirizadas eram encarregadas de gerenciar o dinheiro da Saúde no Estado. Segundo as investigações, verbas que deveriam ser destinadas a hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA´s) eram transferidas diretamente para as contas dos donos dessas empresas. Um dos hospitais mais prejudicados foi o Hospital do Câncer do Maranhão.
Um dos presos, Benedito Silva Carvalho, que era o representante de uma das empresas investigadas, desviou R$ 110 mil do Hospital do Câncer. As transferências eram feitas gradualmente, com valores pequenos para não chamar a atenção.
Os envolvidos irão responder por peculato e lavagem de dinheiro. Eles também serão indiciados por destruir provas, já que em uma fase anterior da operação várias informações foram apagadas dos computadores das empresas. A PF suspeita de vazamento de informações.
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Relembre o caso
Na Operação Sermão aos Peixe, realizada em novembro de 2015, a PF conseguiu prender oito dos 13 suspeitos pelos desvios de verbas da saúde pública no Maranhão, realizada em cidades do Estado do Maranhão, Pernambuco, Tocantins e Goiás.
Na Operação Sermão aos Peixe, realizada em novembro de 2015, a PF conseguiu prender oito dos 13 suspeitos pelos desvios de verbas da saúde pública no Maranhão, realizada em cidades do Estado do Maranhão, Pernambuco, Tocantins e Goiás.
À época, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão
chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013. O nome da operação
foi alusivo ao sermão do Padre Antônio Vieira que, em 1.654, falou sobre
como a terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.
Entre os mandados de condução coercitiva, esteve o do ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad. Segundo a PF, o ex-secretário teria se utilizado do modelo de terceirização da gestão da saúde pública estadual.
Ao passar a atividade para entes privados – seja em forma de
Organização Social (OS) ou Organização de Sociedade Civil de Interesse
Público (Oscip) – ele teria fugido dos controles da Lei de Licitação,
empregando profissinais sem concurso público e contratando empresas sem
licitação.
Aeronave esteve entre apreensões efetuadas pela PF (Foto: Divulgação/PF-MA)
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