Em escritura pública registra da no cartório Alvimar Braúna, o segurança e ex-preso Daibeth Noia da Silva acusa o promotor de Coroatá, Zanony Passos Silva Filho, de ter ficado com cerca de R$ 10 mil a que ele tinha direito como auxílio-reclusão, benefício que o Estado paga, através do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), à família de presos.
Daibeth Noia conta que em outubro de 2007, após nove meses preso no Centro de Ressocialização de Pedreiras, seu regime foi transformado de fechado para semi-aberto, sendo transferido nesse mesmo mês para a Delegacia de Coroatá. Ao saber de sua história, o promotor orientou a ele e à sua esposa Raimunda Nonata Alves Oliveira que solicitassem o auxílio-reclusão no INSS, sendo concedido o valor de R$ 11.861,00. Em 27 de novembro do ano passado, Zanony Passos levou Raimunda Oliveira até a agência do Banco da Amazônia no município e deu ao casal apenas R$ 1,6 mil, ficando com o restante (R$ 10,2 mil), sob o argumento de que com ele o dinheiro estaria “mais seguro”.
Desse total, segundo informou o ex-detento, o promotor tirou ainda mais R$ 1,7 mil para construir um trailer e deu ao segurança e sua esposa para que eles vendessem churrasquinho. Posteriormente, o casal procurou Zanony Passos em busca do restante do dinheiro, mas ele alegou que tudo havia sido gasto na construção do trailer instalado em frente a uma escola pública da cidade sem o pagamento do alvará de funcionamento, benefício conseguido pelo promotor com a administração municipal.
.
RELATO
Semana passada, o representante do Ministério Público disse a Daibeth Silva que estava difícil conseguir um emprego para ele na Prefeitura de Coroatá por causa das acusações feita pelo seu ex-tratador de cavalos Walber Oliveira. O segurança afirma na escritura pública de declaração de vontade que só gostaria de trabalhar na Prefeitura de Coroatá caso a prefeita fosse a ex-deputada Teresa Murad (PMDB).
“Nesse momento, o promotor lhe disse que isso nunca iria acontecer e que ele podia ficar despreocupado porque tanto o deputado Ricardo Murad como sua esposa, Teresa Murad, não iriam voltar para Coroatá, pois eles não vão conseguir cassar a eleição de Luiz da Amovelar. Disse ainda o promotor que o deputado vai ter uma surpresa, pois sua esposa, que também é promotora de justiça, é quem vai assumir seu lugar no Ministério Público do município”, informa o documento.
.
Reproduzido do jornal “O Estado do Maranhão” de 24/10/2008 – Coluna “Geral” - pg. 05
.
Postado por Idalgo Lacerda
Nenhum comentário:
Postar um comentário