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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Murad admite que leitos de UTI são insuficientes

Ex-secretário de Saúde fez declaração durante entrevista na Rádio Mirante AM.
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SÃO LUÍS – O ex-secretário de Estado da Saúde e atual deputado Ricardo Murad (PMDB) falou, em entrevista ao programa Ponto Final, da rádio Mirante AM, na manhã desta sexta-feira (9), sobre a situação da falta de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais de Imperatriz e São Luís. Esta semana, o Ministério Público (MP) denunciou a morte de mais de oito mil pessoas no Socorrão I, de 2000 a 2004, por falta de, pelo menos, 444 leitos em UTIs nas redes pública e privada de saúde na capital. Segundo o ex-secretário, a situação é muito grave tanto na capital quanto no interior e alegou que, quando assumiu a Secretaria de Estado da Saúde (SES), há cerca de um ano, implementou, de imediato, o programa "Saúde é vida", que "abrange procedimentos, comportamentos, compromissos dos prefeitos, da rede pública do Estado, para que as coisas possam acontecer de verdade", afirmou. Ainda, segundo o secretário, a primeira medida foi intervir na Comissão de dirigentes da saúde e criar normas e termos de compromisso para garantir a qualidade do setor no Maranhão.
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Outra medida foi a remuneração das redes municipais de saúde por desempenho. "Ele [o prefeito] precisa comprovar realmente o que está fazendo. É uma mudança revolucionária e tem surtido efeito", afirma. Segundo Murad, haverá, ainda, uma segunda redistribuição dos recursos e já existem equipes que vão fazer o trabalho de auditoria em redes municipais de saúde.
Ricardo Murad afirmou ainda, durante a entrevista, que o governo do Estado está construindo dez Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em todo o Estado para a "formação da rede de urgência e emergência pré-hospitalar, que vai dar um alívio muito grande na rede hospitalar". A partir do segundo semestre, serão construídas mais nove UPAs, totalizando 19 unidades em todo o Maranhão.
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Leitos de UTI
Segundo o ex-secretário, há uma superlotação e um aumento da procura por leitos de UTI porque o Estado ainda faz o "básico". Ricardo Murad afirmou que a falta de investimento em gestões anteriores levou a situação atual. "A rede [de saúde] precisa crescer à medida que a população cresce e não só em um lugar", afima UPA Unidades de Pronto Atendimento. Ainda, segundo ele, a ação do Ministério Público contra o município de Imperatriz é de 2006, "e, de lá para cá, o município de Imperatriz nunca conseguiu investir o suficiente para atender a demanda".
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Em São Luís, o ex-secretário afirmou que a SES está concluindo, por exemplo, a instalação de 12 leitos de UTI no Hospital Infantil Juvêncio Mattos. Questionado se o número ainda seria insuficiente, Ricardo Murad afirmou que "é insuficiente", mas que a Secretaria vai alcançar, no total, em São Luís, a instalação de 80 a 90 leitos de UTI para suprir a demanda emergencial, enquanto a modernização de hospitais é concluída.
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