VEJA O QUE É PRAGMATISMO POLÍTICO, LITERALMENTE, NEGOCIADO AO PÉ DA LETRA! TUDO ISSO DEVE SER EM TROCA DE UMA ANISTIA FISCAL DE QUASE 1 BILHÃO DE IMPOSTOS SONEGADOS PELA GLOBO, CUJA QUITAÇÃO DO VALOR DO DÉBITO PODERÁ SER PAGADO JUNTO À RECEITA FEDERAL PELO GOVERNO DILMA!!!
Em editorial surpreendente, Globo acusa PSDB de
inconsequente e pede esforço pela governabilidade de Dilma. Também
causou espanto a edição do Jornal Nacional desta sexta-feira. O que
teria levado a família Marinho a cravar posição contra o impeachment da
presidente e chamar de irresponsáveis os que querem tirá-la do cargo
para o qual foi eleita até 2018?
O Jornal Nacional da noite desta sexta-feira
causou estranheza: longa sonora favorável à Dilma, crítica à Eduardo
Cunha e matéria sobre o aeroporto de Claudio, de Aécio Neves
Em editorial publicado nesta sexta-feira
(7), O Globo surpreendeu os observadores da política nacional e cravou
posição contra o impeachment de Dilma Rousseff. O texto Manipulação do Congresso Ultrapassa Limites, que chama o PSDB de ‘inconsequente’, também faz críticas às ‘manipulações’ do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Também causou estranheza a edição do Jornal Nacional desta noite. O
telejornal de maior audiência da televisão brasileira dedicou mais de 3
minutos veiculando sonoras de Dilma Rousseff rebatendo críticas durante
um discurso e sendo aplaudida por populares. (Vídeo do JN aqui)
Além disso, o jornal mostrou um protesto que reuniu centenas de manifestantes contra o ataque a bomba que atingiu o Instituto Lula na última semana. (Vídeo do JN aqui)
Houve, ainda, matéria a respeito do aeroporto de Claudio, de Aécio Neves, e críticas ao suposto atropelo de Eduardo Cunha por colocar em votação a aprovação das contas dos ex-presidentes Itamar, FHC e Lula. (Vídeo do JN aqui)
Leia abaixo trechos do editorial de O Globo:
“Há momentos nas crises que impõem a avaliação da importância do
que está em jogo. Os fatos das últimas semanas e, em especial, de
quarta-feira, com as evidências do desmoronamento da já fissurada base
parlamentar do governo, indicam que se chegou a uma bifurcação: vale
mais o destino de políticos proeminentes ou a estabilidade institucional
do país?
Mesmo o mais ingênuo baixo-clero entende que o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), age de forma assumida como oposição ao
governo Dilma na tentativa de demonstrar força para escapar de ser
denunciado ao Supremo, condenado e perder o mandato, por envolvimento
nas traficâncias financeiras desvendadas pela Lava-Jato. Daí, trabalhar
pela aprovação de “pautas-bomba”, destinadas a explodir o Orçamento e,
em consequência, queira ou não, desestabilizar de vez a própria economia
brasileira.
A Câmara retomou as votações na quarta, com mais uma aprovação
irresponsável, da PEC 443, que vincula os salários da Advocacia-Geral da
União, delegados civis e federais a 90,25% da remuneração dos ministros
do Supremo. Espeta-se uma conta adicional de R$ 2,4 bilhões, por ano,
nas costas do contribuinte. Reafirma-se a estratégia suicida de
encurralar Dilma, por meio da explosão do Orçamento, e isso numa fase
crítica de ajuste fiscal. É uma clássica marcha da insensatez.
[…]
Até há pouco, o presidente do Senado, o também peemedebista Renan
Calheiros (AL), igualmente investigado na Lava-Jato, agia na mesma
direção, sempre com o apoio jovial e inconsequente dos tucanos. Porém,
na terça, antes de almoço com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Renan
declarou não ser governista, mas também não atuar como oposicionista,
seguindo o presidente da Câmara, e descartou a aprovação desses
projetos-bomba pelo Congresso. Um gesto de sensatez.
Se a conjuntura já é muito ruim, a situação piora com o deputado
Eduardo Cunha manipulando com habilidade o Legislativo na sua guerra
particular contra Dilma e petistas. Equivale ao uso de arma nuclear em
briga de rua, e com a conivência de todos os partidos, inclusive os da
oposição.
É preciso entender que a crise política, enquanto corrói a
capacidade de governar do Planalto, turbina a crise econômica, por
degradar as expectativas e paralisar o Executivo. Dessa forma, a nota de
risco do Brasil irá mesmo para abaixo do “grau de investimento”, com
todas as implicações previsíveis: redução de investimentos externos,
diretos e para aplicações financeiras; portanto, maiores desvalorizações
cambiais, cujo resultado será novo choque de inflação. Logo, a recessão
tenderá a ser mais longa, bem como, em decorrência, o ciclo de
desemprego e queda de renda.
Tudo isso deveria aproximar os políticos responsáveis de todos os partidos para dar condições de governabilidade ao Planalto.”
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