Autorizada construção de hospitais estaduais

Roseana assina ordens de serviços para construção de mais unidades de saúde em 64 municípios maranhenses, como parte do investimento de R$ 350 milhões

A governadora Roseana Sarney e o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, assinaram ontem as ordens de serviço para a construção de 64 hospitais de 20 leitos em municípios do interior do Maranhão como parte do programa Saúde é Vida, que prevê investimentos de R$ 350 milhões no setor. No próximo dia 18, ela assinará ordens de serviço de mais oito hospitais de 50 leitos em cidades de médio porte.
Roseana afirmou que estão em fase de conclusão as licitações para a construção de duas unidades de 150 leitos em Caxias e Imperatriz, o Hospital do Câncer em Imperatriz, e a reforma do Hospital do Ipem, em São Luís. Durante o evento, realizado no auditório da Secretaria de Saúde, ela informou que o município de Pinheiro será transformado em macro-região de saúde e que as obras devem gerar 10 mil empregos, sendo 2,5 mil deles para profissionais do setor.
“Ainda estamos a sete dias do fechamento do quinto mês à frente do governo do Maranhão.
O tempo decorrido é curto, mas já foi o bastante para realinharmos moral, administrativa e financeiramente o Estado. O dia de hoje marca o início de um novo tempo para a saúde do Maranhão. Trata-se da construção definitiva de uma infra-estrutura de saúde digna e capaz de atender com respeito e eficiência toda a nossa gente”, discursou ela.
A governadora fez questão de chamar à mesa os prefeitos das 64 cidades beneficiadas, os deputados e donos das empresas que realizarão as obras para assinarem na presença dela as ordens de serviço. O vice-governador João Alberto também participou da solenidade.
Ela lembrou que o setor foi um dos principais focos de corrupção nos governos passados.
Citou como exemplos os escândalos Ópera-Prima, envolvendo a empresa do filho do ex-chefe da Casa Civil Aderson Lago; a compra superfaturada de botox; e até a contratação pela secretaria de um escritório de advocacia com 50 profissionais.
Roseana elogiou a iniciativa do secretário no sentido de rediscutir os valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) no Maranhão. Citou o caso do município de Paulino Neves que recebia R$ 166,00 mensais para cuidar de seus doentes e hoje passou a ganhar R$ 400 mil/ano.
“O Ricardo aceitou o desafio e se cercou de uma equipe capaz e arrojada”, assinalou.
Obras - A previsão é que os hospitais estejam construídos em 10 meses. As construtoras Dimensão Engenharia, JNS, Guterres, Lastro, Geotec e Console serão as responsáveis pelas obras feitas em seis lotes. O governo está investindo R$ 116 milhões no trabalho. Os novos hospitais contarão com atendimento de urgência, ginecológico, centro cirúrgico, central de consultas, farmácia, serviços de exames laboratoriais e radiologia, imunização, entre outros.
Ricardo Murad disse estar emocionado com a concretização do projeto. Ele anunciou a conclusão de vários hospitais que prefeituras não conseguiram terminar no interior e a licitação para a reforma do Laboratório Central (Lacen). “Esse é um momento ímpar, que me emociona muito. Vamos para o campo levantar tijolo por tijolo, para em 10 meses entregar esses hospitais. A determinação do governo fez esse sistema de saúde abrangente”, assinalou.
Opiniões - Prefeitos que participaram da solenidade comemoraram a chegada das unidades de saúde em suas cidades. Eles destacaram o fato de agora a população não ter mais de fazer grandes deslocamentos para ser atendida.
A prefeita de São Félix de Balsas, Socorro Martins (PSDB), disse estar feliz porque pela primeira vez um governo lembrou das cidades mais distantes da capital.
“Geralmente, somos esquecidos por causa da distância. Estamos muito felizes com o olhar da governadora e do secretário para os menores”, disse.
Para Neto Carvalho (PMDB), de Magalhães de Almeida, o Maranhão estava necessitando de um projeto dessa magnitude porque “era uma vergonha muitos municípios não terem nem um posto de saúde”. O prefeito de Buritirana, José William de Almeida, o Zé do Mundico (PMDB), disse que os doentes da cidade tinham de se deslocar entre 70 km e 150 km, mas com a conclusão das obras esse “calvário vai acabar”.Joel Dourado, o Dr. Joel (PPS), de Cajari, contou que em princípio a cidade não estava incluída no rol dos beneficiados. Devido a um apelo feito por ele à governadora e ao secretário Cajari foi incluída. “O povo está aguardando a construção e o funcionamento desta casa de saúde porque temos uma grande carência na área da saúde”, declarou.
Os prefeitos de Apicum-Açu, Sessé Monteiro (PDT); de Santo Amaro do Maranhão, Chico Moura (PDT); e de Fernando Falcão, Moacir de Santana (PSDB), agradeceram a Roseana pela chegada do programa Saúde é Vida a esses municípios.

Informações do “O Estado do Maranhão” de 11/09/2009 – pg03