Está a maior confusão entre os aliados da governadora Roseana Sarney (PMDB). Motivo: antigos adversários estão prestes a assumir o apoio ao governo.
Na lista estão os prefeitos de Caxias, Humberto Coutinho; Biné Figueiredo (ambos PDT), de Codó; e o ex-prefeito Cleomar Tema (PSB), de Tuntum. Todos já conversaram com Roseana. O prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, aderiu ainda no ano passado quando deixou o PDT e se filiou no PMDB. Todos foram fundamentais na eleição de Jackson Lago (PDT) em 2006.
Como se sabe, a governadora vem mantendo boas relações com os prefeitos tucanos João Castelo (São Luís) e Sebastião Madeira (Imperatriz), os maiores colégios eleitorais do estado.
Seria o fim da oposição? Pode até não ser, mas os opositores ao grupo liderado pelo senador José Sarney, se se confirmarem essas adesões, estará muito enfraquecido. A reeleição de Roseana seria uma barbada. Em tom de brincadeira diz-se até que poderia vencer por W X O.
No entanto, esses apoios irritam e deixam enciumados aliados de primeira hora da governadora. Depois de passarem sete anos (governos José Reinaldo e Jackson Lago) “debaixo de vara”, eles se sentem desprestigiados. Esperam pelo menos que os “velhos-novos” integrantes do grupo não estejam voltando ao time com status de general. Têm de se juntar à tropa como soldados.
A iminente adesão de Humberto Coutinho (foto) seria um dos principais motivos do deputado Flávio Dino (PCdoB) recuar em sua pretensa candidatura ao governo. O prefeito já teria dado até prazo para o aliado decidir sua vida sob pena de perder seu apoio a sua reeleição. O comunista ainda dá declarações de que é candidato ao governo apenas para se manter na mídia. Deve mesmo é buscar a reeleição para Câmara dos Deputados.
Diante deste cenário, o PSDB não teria outra saída: terá mesmo de lançar candidatura própria para criar palanque do governador paulista José Serra. O nome do deputado federal Roberto Rocha surge com força. Ele iria para o sacrifício novamente – em 2002 renunciou em favor de Jackson Lago, mas o eleito foi José Reinaldo Tavares (PSB).
Na verdade, busca uma saída honrosa para sua carreira política porque sua volta à Câmara é considerada muito difícil. Na carona do R$ 1 bilhão de convênios eleitoreiros distribuídos por José Reinaldo em 2006, o presidente do PSDB do Maranhão foi o deputado mais votado obtendo cerca de 140 mil votos. Agora, sem os convênios, não teria nem a metade desta votação.
É esse o cenário que se desenha para as eleições deste ano.
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