Em reunião realizada nesta terça-feira à tarde a direção da Caema (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão) anunciou a inviabilidade da construção do hospital municipal na área da Reserva do Bacanga. Os principais problemas apontados são o fato do local ser uma área de proteção ambiental e de recarca do lençol freático.
“Qualquer intervenção que haja nesse sentido, a empresa acredita que haverá contaminação dos mananciais e isso inviabiliza qualquer uso naquela área”, disse o secretário Ricardo Murad (Saúde) que presidiu a reunião da qual participaram ainda o presidente da Caema, João Reis Moreira Lima e os diretores José Ribamar Rodrigues Fernandes (Projeto e Obras), Ivana Colvara de Sousa (Administrativa e Financeira); Cristovam Rodrigues Teixeira Filho (Operação e Manutenção), Fernanda Bittencourt (chefe de gabinete) e Catarina Boucinhas (assessora jurídica).
De acordo com o estudo realizado pela empresa, a área prevista para a construção do hospital está localizada dentro da Bacia Hidrográfica do Sacavém, portanto, área considerada de proteção de manancial. É denominada Manancial Mãe Isabel para onde drenam as águas pluvias de toda a Bacia, inclusive onde é lançada a contribuição armazenada na Barragem do Batatã e de onde é captada a água bruta para ser tratada na Estação do Sacavém, que corresponde a 50% da produção de água de todo o Complexo Sacavém e de 10% de todo o sistema de produção de água da capital.
O Sistema Sacavém é responsável pelo abastecimento de todo o Centro da cidade de São Luís, a partir do bairro Filipinho. Qualquer alteração na qualidade da água desse manancial, conflitará com sua destinação. Outro problema mostrado pelo estudo seria com relação aos esgotos, pois mesmo tratados, não poderiam ter lançamento final dentro da Bacia do Sacavém.
O Governo do Estado deve oferecer uma nova área para que a Prefeitura de São Luís possa construir o hospital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário