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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Profissão Perigo

Número de jornalistas presos é o maior em 14 anos
Por Leticia Nunes (edição), com Larriza Thurler em 14/12/2010

Um novo relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, com sede em Nova York, afirma que o número de jornalistas presos no mundo atingiu seu maior índice desde 1996. Em 1º de dezembro, segundo os números do CPJ, 145 repórteres, editores e fotojornalistas estavam presos em 28 países – são nove profissionais de imprensa a mais do que em 2009, mesmo com a soltura, em outubro de 14 jornalistas em Cuba.

As maiores prisões para jornalistas continuam a ser China e Irã, com 34 presos cada. Na China, diz o relatório do CPJ, a maior parte das prisões ocorre em regiões com relações sensíveis com o governo, como Tibete e Uighur. No Irã, elas refletem um aumento da repressão após as eleições presidenciais do ano passado.

A maioria dos profissionais encarcerados – 69 deles – trabalhava na internet, enquanto 57 atuava em veículos impressos. Freelancers contabilizam 64 presos. Do total de jornalistas presos, 72 foram acusados de atos contra o Estado, enquanto 34 não receberam acusações formais. "O aumento do número de jornalistas presos em todo o mundo é chocante", afirmou o diretor da organização, Joel Simon. "[O aumento destes números] ocorre em larga escala por conta de poucos países que sistematicamente prendem jornalistas – países que se encontram em guerra com a própria informação". Entre os países com profissionais de imprensa presos estão o Uzbequistão (6), o Vietnã (5), Eritréia (17), Cuba (4), Etiópia, (4), Sudão (3) e Turquia (4).

Margareth Bruno


Artigo comentado por Idalgo Lacerda

A assertiva sobre o relatório é uma afirmativa verdadeira e incontestável por toda imprensa mundial. Atos de violência contra jornalistas cresceu bastante nestes últimos 14 anos. A violência contra o direito de imprensa ainda não foi reconhecido pela maioria dos governantes de alguns países.

Apesar de vivermos em pleno século XXI, terceiro milênio e quando os meios de comunicação estão mais atuantes e modernos devido a internet e aos processos tecnológicos que trazem a notícia em tempo real e recorde dos fatos relatando-os em cima da hora, ou seja, numa velocidade virtual para os internautas da rede mundial de computadores todas as barbáries que barbarizam, chocam o dia a dia do cidadão.

Por outro lado, as câmeras não deixam de registrar e mostrar atos de violência contra nós; profissionais da imprensa que dedicados a essa honrosa, espinhosa e briosa profissão que é feita com muito amor e profissionalismo patriótico e muitas das vezes tão exarcebado que nos leva à morte.

Eu sempre digo e falo que a violência não tem hora, dia, local e cor para acontecer! Por mais que pensamos e estejamos no mais seguro dos refúgios, a violência acontece inesperadamente contra nós. Suponhamos, que até no interior das nossas casas estejamos seguros contra a violência, mas é imaginar de forma inútil!

Eu mesmo posso testificar que já fui vítima inúmeras vezes da violência na própria cidade a qual trabalho. Violência de todos os tipos e formas! Violência física, verbal, moral e agressões de quaisquer natureza independentemente do local e hora do dia e da noite. A violência aconteceu e poderá voltar a acontecer contra minha pessoa. Basta eu comentar e informar a prática do ilícito, do errado, do ilegal e do imoral para o povo de Coroatá, que em menos de alguns minutos ou horas após noticiar o fato, para que o ato de violência venha a ser consumado contra a minha integridade física e moral.

Portanto, aproveito o momento para parabenizar a jornalista Margareth Bruno pela excelente matéria e ao mesmo tempo repudiar essa violência que acontece de forma universal contra nós jornalistas no mundo inteiro. Inclusive, sugiro aos organismos internacionais que regem e controlam a política externa de pacificação e combate às desigualdades econômicas e sociais, que prestem e dêem mais atenção aos jornalistas de todas as nações que cobrem as guerras, catástrofes e pandemias nas regiões inóspitas do planeta, que elaborem um documento, a fim de que nós jornalistas, não fiquemos a mercê do fanatismo e do terrorismo que nos vitimizam impiedosamente, e principalmente nos países de origem muçulmana e de ideologias sectárias.

Enfim, que vença a paz e o bom senso dos governantes racionais e sábios que reconhecem os jornalistas como verdadeiros porta-vozes da razão e da coerência.

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