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terça-feira, 10 de junho de 2008

Quem não deve, não teme

Ato vergonhoso por parte da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa que aprovou ontem o parecer do relator Arnaldo Melo (PSDB), em não conceder a licença ao governador Jackson Lago (PDT), para responder pelos crimes por ele praticado no caso da Construtora Guatama. O único voto contrário foi do deputado Victor Mendes (PV). Além do relator votaram a favor da não autorização o presidente da Comissão e líder do governo, Edivaldo Holanda (PTC), e os deputados Rubens Júnior (PRTB) e Penaldon Moreira (PSC), que substituiu o titular Tatá Milhomem (DEM) ausente à reunião. O parecer deve ser votado ainda esta semana pelo Plenário da Assembléia.Será uma mácula para todo o sempre que constará no seu currículo político e que deverá ser inscrita na lápide do seu túmulo. A pecha de quadrilheiro será uma marca eternizada, para quem sempre dizia ter trilhado pelo caminho da ética e da moral. No mesmo exemplo, enquadra-se a atual governadora do estado do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), que recebeu dinheiro para custear sua campanha em 2006, oriundo do DETRAN e DAER, cujos coordenadores e assessores de campanha estão envolvidos, e as provas mostradas à imprensa, através das gravações divulgadas para todo o País. A primeira gravante, parte do PSOL que protocola o pedido de impeachment da governadora. Até agora, esta é a medida mais extremada da crise que atinge o governo do Estado. A crise política foi agravada na semana passada, quando grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal e de conversa gravada pelo vice-governador e inimigo político de Yeda, Paulo Feijó (DEM), em que reconhece o uso de estatais no financiamento de campanhas eleitorais. O Ministério Público está analisando a farta documentação para então, abrir denúncia contra a governadora. A pergunta que faço é a seguinte: “Será que estamos mais uma vez, diante de um caso que terminará em pizza?” Porque tantas leis criadas, se o rigor das mesmas não são devidamente aplicadas? Aqui no Estado do Maranhão a coisa deu em pizza. Somente, lá no estado de Alagoas, o governador Teotônio Vilela (PDT) teve a coragem e a ousadia de cortar à própria pele, autorizando que a Assembléia Legislativa daquele estado concedesse licença ao STJ, para ser investigado.

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