O líder do Bloco de Oposição (BPO) na Assembléia Legislativa, Ricardo Murad (PMDB), denunciou ontem que praticamente todos os funcionários do governo apontados na investigação da Polícia Federal, durante a Operação Navalha, e denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), continuam trabalhando normalmente na Secretaria de Estado de Infra-Estrutura. Ele disse não entender por que o governador Jackson Lago (PDT) não determinou o afastamento desses servidores desde a época da deflagração da "Operação Navalha", em maio do ano passado.
"A situação é grave. Não faz sentido que esses servidores, indiciados e denunciados, continuem trabalhando nas mesmas funções fazendo falsas medições, segundo garantem empresários do setor de construção civil", disse o parlamentar.Entre os funcionários denunciados pelo MPF estão José de Ribamar Hortegal, José Eliseu Carvalho Passos e Sebastião José Pinheiro Franco, responsáveis pela medição das pontes, supostamente construídas pela construtora Gautama. Eles fraudavam os laudos de vistoria para permitir pagamentos à empresa, em troca de propina. Na casa de Sebastião Pinheiro, foram encontrados R$ 700 mil em espécie.
Afastamento
Com relação ao secretário de Planejamento, Abdelaziz Santos, que já teria posto o cargo à disposição do governador depois de denunciado por formação de quadrilha e peculato, ele disse nem ser necessário. "Acho precipitado. Vamos aguardar o recebimento da denúncia. De qualquer forma, acatada a denúncia, ele terá que ser afastado", disse o deputado. "Só lamento que o governador não tenha afastado os funcionários".
Para reforçar seu entendimento, Murad comparou o governo Jackson Lago com o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O ministro José Dirceu era o mais forte auxiliar do presidente, mas foi afastado logo que surgiram as denúncias do mensalão. O caso do Silas Rondeau (ex-ministro de Minas e Energia) também mostra a diferença de estilos entre Lula e Jackson. O Rondeau está na mesma denúncia da Navalha, mas foi afastado quando o caso ainda estava na operação da Polícia Federal", comparou o parlamentar.
Segundo o deputado do PMDB, chegará um momento em que Jackson Lago perderá as condições de governabilidade se não der as respostas necessárias à população. "O estado não pode viver o tempo inteiro com esta situação, em prejuízo da governabilidade", concluiu.
Reproduzido do Jornal “O Estado do Maranhão” de 20/05/2008
"A situação é grave. Não faz sentido que esses servidores, indiciados e denunciados, continuem trabalhando nas mesmas funções fazendo falsas medições, segundo garantem empresários do setor de construção civil", disse o parlamentar.Entre os funcionários denunciados pelo MPF estão José de Ribamar Hortegal, José Eliseu Carvalho Passos e Sebastião José Pinheiro Franco, responsáveis pela medição das pontes, supostamente construídas pela construtora Gautama. Eles fraudavam os laudos de vistoria para permitir pagamentos à empresa, em troca de propina. Na casa de Sebastião Pinheiro, foram encontrados R$ 700 mil em espécie.
Afastamento
Com relação ao secretário de Planejamento, Abdelaziz Santos, que já teria posto o cargo à disposição do governador depois de denunciado por formação de quadrilha e peculato, ele disse nem ser necessário. "Acho precipitado. Vamos aguardar o recebimento da denúncia. De qualquer forma, acatada a denúncia, ele terá que ser afastado", disse o deputado. "Só lamento que o governador não tenha afastado os funcionários".
Para reforçar seu entendimento, Murad comparou o governo Jackson Lago com o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O ministro José Dirceu era o mais forte auxiliar do presidente, mas foi afastado logo que surgiram as denúncias do mensalão. O caso do Silas Rondeau (ex-ministro de Minas e Energia) também mostra a diferença de estilos entre Lula e Jackson. O Rondeau está na mesma denúncia da Navalha, mas foi afastado quando o caso ainda estava na operação da Polícia Federal", comparou o parlamentar.
Segundo o deputado do PMDB, chegará um momento em que Jackson Lago perderá as condições de governabilidade se não der as respostas necessárias à população. "O estado não pode viver o tempo inteiro com esta situação, em prejuízo da governabilidade", concluiu.
Reproduzido do Jornal “O Estado do Maranhão” de 20/05/2008
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