O jornalista Lourival Bogéa (Jornal Pequeno) e o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho (PDT), não compareceram novamente à oitiva de testemunhas realizada ontem no TRE no processo em que a coligação “Maranhão-A Força do Povo” pede a cassação do governador Jackson Lago (PDT) e do vice Luiz Carlos Porto (PPS).
Somente duas, das quatro testemunhas intimadas, compareceram ao interrogatório. Margareth Nogueira (foto), filha do ex-prefeito de Grajaú Milton Gomes (PDT), confirmou que ela e o pai controlavam os cheques de um convênio de R$ 714 mil firmado entre o Governo do Estado e a Associação do Povoado Tanque, presidida pelo líder comunitário Bento Barbosa Martins.
Ela negou que o dinheiro liberado, cerca de R$500 mil, tenha sido usado na campanha dos candidatos da “Frente de Libertação do Maranhão” na cidade. No entanto, confirmou que os recursos serviram para a realização de consultas e distribuição de medicamentos em vários povoados do município entre julho e setembro de 2006, justamente no período da campanha eleitoral. Margareth afirmou ainda que só conhece a ex-secretária Helena Duailibe (Saúde), que celebrou o convênio, pela televisão.
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R$ 17 mil
O presidente da Câmara de Vereadores, João Meneses de Santana, irmão do prefeito Emiliano Meneses (ambos do PDT), explicou ter sido seu motorista, Pedro Alves Sousa, e não ele, quem foi preso em Imperatriz no dia da eleição no primeiro turno em 2006.
R$ 17 mil
O presidente da Câmara de Vereadores, João Meneses de Santana, irmão do prefeito Emiliano Meneses (ambos do PDT), explicou ter sido seu motorista, Pedro Alves Sousa, e não ele, quem foi preso em Imperatriz no dia da eleição no primeiro turno em 2006.
Junto com o motorista foram apreendidos R$ 17 mil em dinheiro dentro do Gol de propriedade do vereador. Ele tinha acabado de sair do carro quando a polícia fez busca e apreensão no veículo recolhendo, além do dinheiro, material de campanha de Jackson Lago e dos candidatos da coligação governista. Depôs apenas como informante, quando a testemunha não é obrigada a falar a verdade.
João Meneses, que é engenheiro, disse não ter saído em socorro de Pedro Alves e em busca do dinheiro porque foi à casa da mãe acalmar a família, já que a notícia na região dava conta de sua prisão. Ele responde processo na Polícia Federal por compra de votos. Declarou que dias antes das eleições sacou cerca de R$ 60 mil no Banco do Brasil para tocar a obra de uma ponte em Porto Franco.
Destes recursos, gastou 40 mil com a construção do canteiro de obras e dos R$ 20 mil restantes tirou três mil para gastos pessoais. O vereador afirmou ainda ter guardado os R$ 17 mil no Gol porque no dia da eleição a sua casa estava cheia de eleitores e ficou com receio de ser roubado. Porém não soube explicar como conseguiu celebrar o convênio para a construção da ponte em um dia e dois dias úteis depois já estar sacando o dinheiro da obra.
João Meneses (foto) também não conseguiu ser convincente sobre quem seria o verdadeiro dono da empresa Engtec, responsável pelos serviços. Ele disse que o dono da firma é seu sócio, o contabilista Daniel Sampaio, também funcionário da Câmara Municipal de João Lisboa, presidida por ele. No inquérito sobre o caso, a PF afirma que Daniel é “laranja” do pedetista.
O vereador informou que a empresa não tem funcionários, maquinários, a sede funciona em um escritório de contabilidade, e seu contrato com o suposto sócio é apenas verbal. Devido a fuga mais uma vez de Lourival Bogéa e do prefeito Humberto Coutinho, o advogado Daniel Leite, da “Frente de Libertação do Maranhão”, está requerendo ao ministro Eros Grau que determine nova audiência para que eles sejam ouvidos respeitando o prazo de 15 dias determinado pelo relator para a realização da oitiva concluída nesta terça-feira. O advogado Heli Dourado, da coligação “Maranhão-A Força do Povo”, pediu o indeferimento da petição.
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Reproduzido do Blog do jornalista Décio Sá
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Postado por Idalgo Lacerda
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