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terça-feira, 28 de julho de 2015

Nova política, meu compromisso

   Imagem/Asscom Dep. Andréa Murad
Por ANDRÉA MURAD - É surpreendente como os meios pela busca de informação tomam a nossa atenção o dia inteiro. Mais surpreendente ainda como as mídias convergem para se adequarem ao agora. Sou totalmente adepta e atenta às novas tecnologias. Estamos sempre compartilhando notícias, debatendo ideias e nos divertindo com imagens. E os memes? Há poucos dias, em conversa com um jornalista, muito coerente por sinal, fui às gargalhadas ao imaginar os memes a partir das frases que ele compartilhava comigo sobre a nossa política. Apesar da graça, o contexto era real e motivo de muita preocupação, tanto minha quanto do jornalista. Em pouco mais de um ano mergulhada completamente na política, porém nascida e criada em uma família de políticos, convivendo com um pai dedicando-se diariamente a ela, volto a defender a necessidade de avançarmos. Combater as velhas práticas e exigir uma nova forma de fazer política. Muitas pessoas desacreditadas a critica. Só que elas dormem, acordam, vão para o seu trabalho e vivem suas vidas. Eu durmo, acordo e faço política. Preciso ter ânimo e fé para lutar por essa política diferente que a maioria do povo clama hoje. Desde a minha estréia na Assembleia, luto por essa postura, por isso sou pouco compreendida, alvo de ataques pessoais e investidas ocultas, — coisas dos bastidores que também precisam ser dissipadas —.

A minha forma clara, direta e intrépida de lidar com certas discussões, reflexos da minha busca por uma política diferente, faz com que isso aconteça. Acredito que o tempo, apenas ele, poderá tornar isso compreensível para outros políticos que ainda se chocam, principalmente alguns deputados com o meu jeito de representar o povo. Vivemos dias difíceis e não podemos perder tempo com discussões vazias, mas sim com verdades que precisam ser encaradas e posturas que precisam ser respeitadas. Em um parlamento com a diversidade de políticos das mais várias gerações, com pensamentos divergentes, é muito normal acontecerem embates, mas nunca tornar a tribuna em um forte de ataques pessoais transformando o plenário em arena de guerra. É com toda certeza que nenhum dos 42 deputados foi eleito para assumir tal postura. Sempre cobro reflexão sobre o assunto. O meu problema não é pessoal com qualquer deputado, só acho que fomos eleitos pelo povo e é a ele que devemos lealdade e respeito. Por isso, sempre indago: Por quais interesses estamos lutando? A quem estamos servindo, de fato?

Nestes primeiros meses testemunhamos a população se sentir enganada. Esperava mudança, sonhava com uma vida melhor, com um Estado melhor, mas presencia o retrocesso. Fala-se tanto em corrigir injustiças e o que presenciamos é perseguição, má gestão, propina, escândalos e mais escândalos de um governo cujas lideranças não conseguem tomar as rédeas da administração. Todos precisam fazer uma autoavaliação, encarar suas falhas, realizar mudanças verdadeiras, se munir de técnicos competentes para que possam concretizar feitos que realmente transformam a vida das pessoas. Afinal, um líder à frente de uma prefeitura ou governo pode fazer muito pelo seu povo e cabe a nós parlamentares fiscalizar, legislar, dialogar, mediar e garantir que os direitos de todos sejam atendidos, sem exceção. E não deveríamos ser punidos por cumprir o nosso papel.

Sempre costumo dizer que a minha luta é muito maior do que uma luta de lados políticos. Se não podemos contestar, independente do lado que estivermos, pra que serve o parlamentar? Eu desejo propagar um novo jeito de fazer política, de realizar grandes feitos e ajudar a transformar a sociedade. Alguns falam muito do meu DNA, DNA esse que tenho muito orgulho. Esta é a herança que eu carrego, dos meus avós e pais, passados para nós, filhos e netos, que crescemos observando todos os dias o desenrolar da nossa política e dos nossos governantes. Foi pelo meu DNA, gene, que desde criança me apaixonei pela ideia de um dia ser capaz de causar mudanças significativas para melhorar a vida das pessoas. Tal qual um gene, carregamos o meme que, segundo a teoria de Richard Dawkins, é uma unidade de informação com capacidade de se multiplicar através das ideias e informações que se propagam de indivíduo para indivíduo. Apesar do conceito de Dawkins criado há mais de 40 anos, nada mais atual usar o conceito para os memes de internet, virais, dispostos a espalhar uma ideia e a minha sempre será fazer uma nova política. Que seja motivo de orgulho para os maranhenses.

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