"Acabou (o governo). É como Café Filho,
Getúlio e Collor", disse Sarney, numa breve frase, sinalizando para os
próximos movimentos que o maior partido da base aliada poderá fazer em relação ao Palácio do Planalto.
Em outro encontro,
o senador Romero Jucá (RR), tido como uma espécie de porta-voz do
presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL),
afirmou que a destituição do governo é questão de tempo.
"Já caiu.
É esperar apenas mais quatro meses até o impeachment", declarou Jucá,
dando indícios de que, ao contrário do que vem afirmando ministros do
núcleo duro do Planalto, o processo de impeachment na Câmara dos
Deputados não morreu.
Neste sábado (12), o governo terá mais uma prova de fogo, quando o PMDB se reúne para sua Convenção Nacional.
Em princípio, o encontro é para a eleição da Executiva Nacional, mas
são esperados discursos inflamados da ala que prega a saída da base
aliada do governo.
Principal aliado de Dilma hoje no PMDB, Renan
Calheiros vem afirmando que seu partido precisa ser prudente para não
agravar a crise, mas externou na reunião de ontem a necessidade de "dar
um cavalo de pau". Segundo o presidente do Senado, "é preciso escolher a
quem vamos entregar o governo, fazer uma transição no sistema de
governo. Presidencialismo é um fábrica incontrolável de crises”.
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