A deputada Andrea Murad criticou o governo do estado que mobilizou a justiça com argumentos falsos para publicar um direito de resposta no jornal O Estado do Maranhão, referente às mortes de pacientes na UTI do hospital Macrorregional de Coroatá dia 18 de abril. A deputada defendeu a imprensa e relembrou que o jornal publicou todas as informações repassadas pelo governo sobre as mortes por suspeita de queda no fornecimento de oxigênio.
Para a deputada, as ligações entre o juiz e o governador Flávio Dino pode ter interferido na decisão judicial. Ela explicou que João Francisco Rocha, da 5ª Vara da Fazenda Pública, é irmão do Superintendente de Articulação Política, Amílcar Rocha do PCdoB, nomeado por Flávio Dino e também casado com a irmã de Antônio Nunes, diretor do DETRAN/MA.
"Friso isso desde quando cheguei nesta Casa, que é extremamente importante os poderes terem independência. O governador não pode se achar o dono do mundo, ele não pode se achar o dono do Legislativo, assim como também não pode se achar dono do Judiciário. No meu entendimento, o juiz deveria se colocar com suspeito pela ligação que tem. É um direito de resposta jamais visto, porque é fora do normal o que aconteceu nesse caso do jornal O Estado do Maranhão", disse a deputada.
A parlamentar frisou ainda a necessidade de um governador dedicar-se às obrigações do Poder Executivo, diante das demandas exigidas pela própria população como a segurança pública e a saúde, esta última com sérios problemas de má gestão. Para Andrea Murad, Flávio Dino trabalha para perseguir adversários políticos e usa a imprensa aliada e as redes sociais para promover ataques desnecessários como retweetar suposta saída de membros do PMDB.
"O governador precisa parar com essa perseguição aos seus adversários e procurar trabalhar. Não acredito que um governador se prestou a promover esse tipo de boato. Pois saiba que o presidente Sarney me quer no partido, o senador Lobão me quer no partido, o senador Lobão Filho me quer no partido, a ex-governadora me quer no Partido e só saio do PMDB quando eu achar que devo sair e se eu achar que devo. Creio que o senador João Alberto jamais faria uma indelicadeza dessas com uma deputada que teve mais de 77 mil votos, a deputada mais votada do PMDB", finalizou Andrea Murad. Da Assecom / Dep. Andrea Murad
Assista ao discurso na íntegra: goo.gl/K9IYd5
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