Por Ricardo Murad - Eu avisei várias vezes, alertei o primeiro casal que entregar a rede de saúde do Estado para terceirizados sem um contrato seguro, baseado num caderno de encargos que especificasse realmente as obrigações dos contratados, com plantas e inventários que previssem efetivamente o que se estava entregando, como se queria a manutenção predial, dos equipamentos, os serviços de lavanderia, alimentação, engenharia clínica e tudo o mais que fosse necessário para gerir uma rede hospitalar complexa como a nossa, só iria dar nisso que estamos assistindo.
Falta de medicamentos, de materiais em geral e abandono completo dos prédios, equipamentos e sistemas de ar condicionado, etc. Um caos que a cada dia piora e vai se transformando num caso de calamidade pública, se já não estamos nele. O secretário Marcos Pacheco, pressionado pela situação desesperadora das unidades, joga a responsabilidade nos institutos que precisam arcar com as demandas das fornecedoras terceirizadas. Afirmou ainda que se estas têm questões a resolver devem ser direcionadas aos institutos que as contrataram. “A secretaria não possui ingerência sobre esses contratos”, informa Marcos Pacheco.
Esclareceu também que não é cabível a alegação atribuída aos institutos ‘impossibilidade orçamentária das organizações’. Segundo Pacheco, as empresas vencedoras da licitação firmaram contrato sobre o qual tinham conhecimento de suas obrigações, deveres e contrapartidas. Aí o secretário se engana. Não sabiam como até hoje não tem ideia do que receberam para administrar. Tudo feito às pressas e sem informação. Todas querem aditivos e mais aditivos. Publico acima uma conversa de Whatsapp entre o secretário e os diretores dos hospitais e vocês vão ver como só falam nos benditos aditivos. E confirmam atrasos nos pagamentos até dos médicos, o que dirá dos remédios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário