Apenas os deputados estaduais Ricardo Murad (PMDB) e Raimundo Cutrim (DEM) conseguiram superar o quociente eleitoral e tiveram condições para se eleger com a própria votação. Murad foi o primeiro colocado, com 76.265 votos; Cutrim atingiu 73.186 votos. Significa dizer que, mesmo se fossem apenas os dois os candidatos da coligação, ambos estariam eleitos, porque obtiveram votação acima do quociente eleitoral, de 72.488 votos.
O quociente eleitoral é o resultado do cálculo estabelecido pela Justiça Eleitoral para definir o rateio das vagas do Parlamento. Na prática, significa o mínimo que cada partido ou coligação precisa obter para garantir a participação neste rateio.
A coligação de Ricardo Murad e Raimundo Cutrim, formada por PMDB/DEM/PTB/PV, por exemplo, elegeu outros 14 parlamentares. Mas todos os demais precisaram completar a própria votação com a soma das dos colegas para garantir a vaga. A marca de Murad e Cutrim significa também que os dois teriam vaga na Assembléia disputando por qualquer partido ou coligação.
A eleição para a Assembléia Legislativa e Câmara Federal é proporcional, ou seja, as vagas são divididas entre todos os partidos, desde que atinjam o quociente. Na eleição deste ano, 37 deputados foram eleitos com o partido alcançando o quociente eleitoral. As cinco vagas que restaram foram preenchidas pelas sobras da votação, após o rateio.
Este cálculo é feito automaticamente pelo sistema de totalização dos votos criado pela Justiça Eleitoral brasileira. A votação, toda informatizada, faz estes cálculos instantaneamente, a partir do momento em que os primeiros disquetes das urnas eletrônicas são processados. No Maranhão, o deputado estadual eleito com a menor quantidade de votos foi Alexandre Almeida (PTdoB), com 18.344.
Do jornal O Estado do Maranhão
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