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sábado, 23 de abril de 2011

Socorrões municipais do Maranhão são verdadeiras portas de entrada para o inferno!


“Quem pensa que vai para um socorrão municipal da vida qualquer, pensando que vai recuperar alcançar a vida com vitória. Está enganado! Lá tem uma injeção que é batizada pelo nome de ‘VAI COM DEUS’, que dói e manda-nos de uma só vez para os caminhos da glória!”.  Do filósofo, ZÉ CÃO.
É assim mesmo! Não dá outra coisa, meu povo de DEUS! É morte na hora certa! Sem medo de errar afirmo que os socorrões municipais do Maranhão são verdadeiras portas de entrada para o inferno!
Acredite se quiser! Só quem já passou por essa experiência cruel e amarga, pode dizer o que já presenciou pela espera à porta dum socorrão municipal da vida qualquer. Hoje, os ainda ‘prefeitos-balaios’ de carteirinha que estão no poder das prefeituras maranhenses, rebatizaram esses ‘socorrões’ com o novo nome de HOSPITAL GERAL MUNICIPAL (HGM).
Apenas trocaram a sinonímia das palavras, das siglas para causar menos impacto nas pessoas que para lá se dirigiam ou ainda se dirigem à procura de tratamento, procedimento médico.
O local é fétido! É uma verdadeira imundície! É uma carniça! Uma pocilga é mais limpa do que esses socorrões! E o que falta para acontecer, é apenas a presença dos urubus dentro desses socorrões municipais para extirpar as pessoas e os defuntos. Para todos os lados são pessoas doentes suplicando por médicos e remédios. Entre vivos e feridos em estado gravíssimo, estão os mortos embrulhados e jogados pelos cantos e corredores!
Os funcionários não estão nem aí para os enfermos! Faz-se de rogados com olhares dissimulados! Muitos deles até cantam e quando respondem é com ar em tom de deboche. Procura-se pelo médico, eles dizem que ‘já está chegando’, mas nunca chegam! Isso conta-se longas e infinitas horas pelos médicos e remédios!
Estou falando isso, porque aconteceu comigo no HOSPITAL MUNICIPAL DE CAXIAS (HGM), o Socorrão de Caxias, dia 03 de abril de 2011, quando fui acidentado numa batida de carro e sai gravemente lesionado.  Não estou aqui cobrando das autoridades como radialista, repórter e blogueiro. Mas como cidadão brasileiro que paga impostos e os quer vê-los retornando sob a forma de benefícios e serviços prestados ao contribuinte e à população de um modo em geral.
Minha saga e penitência no Socorrão de Caxias
Com lesões por todo o corpo, sem poder locomover-me, com a cabeça sangrando e sobre uma maca imunda e suja deparei-me na sala de urgência. Em minha volta estavam inúmeras estagiárias de enfermagem e medicina, que a todo custo disputavam minha desgraça e quem delas iria suturar pontear o corte à minha cabeça que levou 15 pontos. A agulha de sutura era praticamente cega, inclusive fui anestesiado, mas a anestesia sequer fez efeito. E assim mesmo, pensei em estar ao Deus-dará. Isto é, eu praticamente, já estava à porta de entrada para o inferno. Mas fui forte e eu pensava em DEUS, que eu resignado pelo seu amparo: orava! Ainda não tinha chegado à minha hora! E no meu silêncio em meio a tantos gritos e a ouvir súplicas de socorro vindo das outras pessoas; eu assistia a tudo àquilo e guardava calada a minha dor!
Só para se ter ideia, mas de 30 raios-x foram batidos de mim, em menos de 24 horas e todos condenados pelos médicos quando resolveram chegar para examinar-me, pediram novos raios-X. A essa altura já não sentia mais dores, pois de tanto jogarem-me sobre a esteira dos raios-X, as contraturas musculares eram maiores e causadas pelas horríveis dores devido aos movimentos bruscos praticados pelos maqueiros.  A porta de entrada da sala dos raios-X, parecia mais um local em que se disputava um prato de comida. Eram pessoas amontoadas e que entravam e saíam carregadas nos braços, outras em cadeiras de roda. Ninguém era de ninguém! Salvem-se quem puder!
Contorcendo-me em dores por todo o meu corpo, só depois de 48 horas resolveram dar-me 40 gotas de Dipirona Sódica. Coisa que não resolveu nada! Apenas baixou a minha pressão arterial!
Só depois com a chegada do Gestor Regional de Saúde, é que pedido por ele foi-me aplicada uma injeção denominada Tramal, aliviou-me as intensas dores musculares.
Meio sonolento pôs-me num canto do corredor e aí quando tentei despertar. Olhei à minha volta e vi que havia duas pessoas enroladas ao meu lado. Uma do lado direito do corredor e outra à frente da maca que estava. Foi quando aos gritos, a minha acompanhante – graças a DEUS – falava alto aos maqueiros do Socorrão que ali ‘NÃO!’. Ali, ‘NÃO!’. Eles não podiam deixar-me ali, pois as duas pessoas que estavam embrulhadas ao meu eram defuntas! Estava escrito numa placa dependurada em seus pés o nome: ‘FALECIDO’.
Resultado
Então, os socorrões municipais de todo Maranhão são iguais! Tanto faz o de Caxias, Coroatá, São Luís e os demais. Não mudam em nada! Agora, que uma coisa seja dita e investigada pelo MPE. Existe muito prefeito safado e ladrão no Maranhão, juntamente com seus secretários municipais que estão se aproveitando dessa onda de caos na saúde pública para continuarem roubando cada vez mais!

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