O Maranhão está bem próximo de ser reconhecido nacionalmente como
zona livre de febre aftosa com vacinação pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esta semana, em Brasília, o secretário
de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo,
recebeu do ministro Antônio Andrade a confirmação de que a portaria
ministerial que elevará a classificação sanitária do estado já está
pronta e deve ser assinada no mês de agosto, em solenidade a ser
realizada em São Luís.
A confirmação coincidiu com a conclusão do balanço da primeira etapa
de vacinação contra a febre aftosa no estado, que foi realizada de 1º de
maio a 10 de junho e imunizou mais de 7,2 milhões de cabeças de bovinos
e bubalinos, nos 217 municípios maranhenses, registrando uma cobertura
vacinal de 96,06% do rebanho local.
“O ministro Antônio Andrade reconheceu o empenho do Maranhão em
elevar sua classificação sanitária, que permanece no status de médio
risco desde 2004, mesmo não tendo sido registrado foco da doença em
nenhum município maranhense desde o ano 2001. O reconhecimento do estado
como zona livre é uma meta de governo que está próxima de ser cumprida e
elevará também a pecuária maranhense a um novo e próspero ciclo de
desenvolvimento, visto que temos o 2º maior rebanho bovino do Nordeste e
um dos únicos com vocação para corte ainda não reconhecidos como zona
livre de febre aftosa”, declarou o secretário Cláudio Azevedo.
Melhores resultados
O relatório final que aponta o balanço da primeira etapa da campanha
de vacinação contra a febre aftosa em 2013 trouxe ainda outras
informações a respeito da pecuária maranhense, além da manutenção da
média recorde de cobertura vacinal, que desde 2011 tem se mantido acima
de 90% – os melhores resultados dos últimos 10 anos de campanhas
oficiais.
“Essa foi a última campanha de vacinação antes do reconhecimento
nacional do estado como zona livre de febre aftosa com vacinação, e o
resultado nos surpreendeu, pois foi um trabalho difícil. Tivemos
dificuldade de divulgação da campanha nas áreas mais remotas do estado,
de acesso dos criadores às vacinas, e até mesmo de defasagem no número
de doses de vacinadas liberadas pelo Ministério para comercialização no
estado, o que nos obrigou a prorrogar o prazo oficial de vacinação – de
1º a 31 de maio – por mais 10 dias”, ressaltou o diretor geral da
Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, Fernando Mendonça
Lima.
Segundo o levantamento da Aged, o rebanho maranhense de bovinos e
bubalinos, que era de 7.480.370 de cabeças no segundo semestre de 2012,
sofreu uma pequena queda de 3,5%, contabilizando no primeiro semestre
deste ano 7.212.498 de cabeças. Já o rebanho leiteiro cresceu 7,7% nesse
primeiro semestre, aumentando de 797.145 para 863.871 cabeças. O número
de propriedades que exploram a pecuária bovina ou bubalina, que em 2012
era de 81.747, diminui para 74.997 em 2013. As regionais de Açailândia,
Itapecuru e São Luís destacaram-se por alcançarem mais de 99% de
cobertura vacinal. A região de Imperatriz, que concentra a maior parte
do rebanho comercial maranhense chegou bem perto registrando um índice
de 98,84% de cobertura vacinal.
“Essas baixas no rebanho e no número de propriedades ainda são
reflexos da grave estiagem que acometeu os estados nordestinos no ano
passado e no início deste ano. O Maranhão foi um dos estados a registrar
menor índice de perdas no rebanho”, justificou Fernando Lima.
O diretor informa ainda que desde o dia 18 de junho, quando encerrou o
prazo para que os criadores prestassem contas da imunização dos
rebanhos, as equipes de fiscais agropecuários da Aged iniciaram o
trabalho de busca de inadimplentes, a fim de garantir a complementação
da cobertura vacinal nos 295.902 animais que não tiveram sua imunização
comprovada nos escritórios da agência agropecuária. Os criadores que não
vacinaram o rebanho estão sujeitos a multa de R$ 200,00, mais R$ 1,00
por cabeça de animal não vacinado. Quem vacinou o rebanho, mas não
compareceu dentro do prazo oficial a um escritório da Aged para
comprovar a vacinação também será multado em R$ 200,00.
Além disso, os animais não vacinados, ou que tenham sua vacinação
pendente junto à AGED não poderão ser transportados fora dos limites da
propriedade rural, visto que o criador fica impossibilitado de receber
as GTAs (guias de trânsito animal), emitidas pela Aged, que permitem que
os animais circulem pelo estado.
Fonte: Governo do Estado
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