Em “Nota de Esclarecimento” encaminhada ontem a este blog, o Ministério Público do Maranhão informou que o Corrregedor do MP instaurou sindicância para apurar a participação do promotor Zanony Passos no confronto com policiais em uma churrascaria do Vinhas, há oito dias.
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Embora a nota continue classificando a ocorrência de “violenta agressão” ao promotor, já há um certo recuo na idéia de por Zanony Passos como mera vítima dos acontecimentos.
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- Caso surjam indícios de prática de ilícito penal por parte do promotor, os autos da investigação serão imediatamente encaminhados à Procuradora-geral de Justiça, (…) ”a quem compete dar prosseguimnento à apuração” – diz um trecho do documento.
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O caso
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Segundo noticiado na imprensa, o promotor Zanony Passos ficou irritado com a comida servida na churrascaria e passou a ter ataques de nervos. Segundo os garçons, ele quebrou copos, urinou na churrasqueira e agrediu moralmente os trabalhadores. A polícia foi chamada. Sem se identificar, Zanony Passos ofendeu os PMs, que o prenderam e o levaram para a delegacia.
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A partir daí, a versão é do promtor. Ele nega que tenha se exaltado na churrascaria e diz que se identificou desde o início aos policiais, que o agrediram tanto no local quanto na delegacia.
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Nos primeiros dias do episódio, a postura do Ministério Público foi de claro corporativismo, de ataques aos PMs e pressão ao comando da corporação, que chegou a afastar os policiais.
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Mas começaram a surgir testemunhas que garantiram o surto do promotor, além de novas histórias sobre o comportamento social inadequado de Zanony Passos – em seu condomínio e outros locais públicos.
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Agora, o MP demonstra mais complacência com a polícia e sugere até parceria das instituições.
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Só há um problema da nota, em relação aos procedimentos adotados caso sejam comprovados os ilícitos de Zanony Passos: a procuradora-geral Fátima Travassos estaria moralmente impedida de analisar o caso.
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Afinal, ela foi a primeira a insuflar a sociedade contra a polícia, em defesa aberta do colega.
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É suspeita para investigá-lo, portanto…
Blog Marco Deça
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