Veja a entrevista completa da governadora Roseana Sarney (PMDB) a um grupo de jornalistas durante almoço nesta quarta-feira no Palácio dos Leões:
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Administração e Investimentos
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A governadora disse que nesses anos à frente do Executivo e, principalmente o período que passou em Brasília como senadora e líder do governo Lula, representou “amadurecimento” para ela como administradora e política. “A gente vai aprendendo com a vida. Vai corrigindo os erros, amadurecendo, analisando, conhecendo melhor a realidade. Minha experiência em Brasília foi muito importante porque me deu uma abertura grande”, disse. Destacou o fato de ser uma governadora que “não fica em gabinete”. “Vou para o meio da rua, tenho contato com a classe política e com os movimentos sociais.”
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Roseana disse que a avaliação positiva do governo em todo Estado ultrapassa os 60%. Para os próximos cinco anos, a previsão é que a iniciativa privada e o próprio governo invistam R$ 100 bilhões no Maranhão. “O Maranhão é a bola da vez. Investidores estão nos procurando, os empregos estão subindo, as obras estão andando. Esses R$ 100 bilhões, em cinco anos, representam muito investimento.”
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Ela destacou o trabalho dos secretários José Antonio Heluy (Trabalho), Cláudio Trinchão (Fazenda), Anselmo Raposo (Educação) e Conceição Andrade (Agricultura Familiar).
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Chapa majoritária
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Afirmou que a vaga de vice será mesmo do PT e caberá ao partido escolher o nome. O mais cotado é do ex-deputado Washington Luiz Oliveira. Em relação ao segundo candidato ao Senado, a briga está entre João Alberto e Mauro Fecury, ambos do PMDB. No entanto, a avaliação do atual vice-governador em vários municípios supera a do senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB). “Eu vou botar para fazer os dois senadores”, assegurou. Deixou claro, porém, que nada está definido. “Política se faz convesando. Uma hora avança, outra vai para trás; dá dois passos para frente, dois para trás.”
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Roseana disse estar confiante na participação dos democratas em sua coligação. “O DEM é um partido que sempre nos acompanhou. Vários deputados participaram do governo. Não acredito que iremos ter maiores problemas”, completou. Ela explicou que o imbroglio com a Direção Nacional acontece porque o ex-prefeito Ildon Marques (Imperatriz), apesar de bem avaliado nas últimas pesquisas, desistiu da candidatura.
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Última eleição
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Roseana contou que essa será sua última campanha e, caso reeleita, irá trabalhar para consolidar os investimentos no Estado e renovar seu grupo. “Essa será minha última eleição. Acho que depois dessa (próxima administração) cumprirei minha missão. Tenho um compromisso com meu marido e minha família. Tenho dificuldades pessoais de saúde (por causa de 20 operações). Hoje estou bem de saúde, mas não dá mais para esticar a corda. Temos de iniciar a renovação política do grupo”, assinalou. Explicou que é por conta disso que abriu espaço para o PT nas secretarias de Educação, Trabalho e Desenvolvimento Social. “Na gestão passada eu já vinha fazendo isso. Para fazer renovação, tem de abrir espaço. Todos os partidos terão seu espaço”, assegurou.
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Citou os prefeitos Luiz Fernando Silva (São José de Ribamar), Júnior Marreca (Itapecuru), Mercial Arruda (Grajaú) e Socorro Waquim (Timon), os deputados Max Barros, Chico Gomes (DEM) e Victor Mendes (PV), os pré-candidatos a deputado Alexandre Almeida (PTdoB), ex-presidente do Imeq, e Roberto Costa (PMDB), ex-secretário de Esportes e Juventude, como nomes que podem representar a renovação do seu grupo político.
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Flávio Dino e PCdoB
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A governadora disse que não teria nenhum problema em ter o PCdoB, do deputado Flávio Dino, no governo. “O PCdoB é um aliado (do Governo Federal), um partido que sempre trabalhou conosco, já fez parte do meu governo, e eu gostaria que voltasse a trabalhar conosco.” Ela disse também que desejaria ver o deputado “cerrando fileiras” no seu palanque. “O Flávio é um menino que tem valor, é um bom deputado. É uma pessoa que não devemos dizer ‘não, não queremos’. Eu quero que ele venha cerrar fileiras com a gente.”
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No entanto, negou informação da coluna Radar, da Veja, dando conta ter declarado que um dia ele seria governador do Maranhão. “Ele é um político novo. Pode ser algum dia governador, como qualquer outro pode ser.” Mas no final lembrou o caso de Haroldo Sabóia. Em 1998, ele chegou a ameaçar a eleição ao Senado de João Alberto e, posteriormente, sem apoio popular devido a erro de avaliação anterior, acabou desisitindo de disputar novos pleitos.
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Na avaliação da governadora, o comunista “não está ruim em São Luís, mas deveria estar melhor” por ter sido candidato a prefeito em 2008.
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Imperatriz
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Ela declarou ter uma parceria institucional com o prefeito Sebastião Madeira (PSDB) para levar obras e serviços à população impetratrizense. Disse que mais importante que ter um vice da cidade, é o trabalho, obras e investimentos no município. Contou que o governo está sendo bem avaliado na cidade, apesar de admitir ser razoável em relação à questão eleitoral.
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O jornalista Arimatéia Júnior enumerou várias obras da administração estadual em Imperatriz e reclamou à governadora do fato de apenas ele e os colegas Connor Farias e José Filho, também presentes ao almoço, além do secretário Sérgio Macedo (Comunicação), estarem “dado a cara para bater em favor do governo” na cidade. “Cadê seus aliados em Imperatriz, governadora?”, questionou. “Se você está dizendo eu vou passar a cobrar, mas o que quero mesmo é o reconhecimeno da população ao trabalho do nosso governo”, respondeu.
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Greve de fome
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Roseana fez um apelo para que o deputado Domingos Dutra, Terezinha Fernandes e Manoel da Conceição abandonem a greve de fome. “Espero que eles saiam dessa greve de fome. Eu tive muitos problemas de saúde e por isso acho que não se deve brincar com a vida. Isso (a greve de fome) não vai mudar em nada (a decisão do PT de coligar com o PMDB no Maranhão). Acho que isso é um pouco de marketing político.” A governadora não faz objeção a qualquer membro do PT em sua coligação. “Todos serão bem vindos”, afirmou.
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Questionada por mim sobre se parte desse movimento dos petistas contra a coligação se deve ao fato dessa ala radical do PT ter no discurso contra ela e sua família a sobrevivência política, respondeu: “É porque eles não estão com pesquisas. Esse negócio de criticar Sarney não dá mais votos”.
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Jackson ou Flávio Dino?
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Roseana reafirmou para o dia 24 a covenção do PMDB que homologará seu nome. Confirmou o deputado Joaquim Haickel (PMDB) como coordenador do evento. Questionada se preferiria Jackson Lago ou Flávio Dino numa disputa no segundo turno, respondeu: “não se escolhe adversário”. Já sobre um possível impedimento do ex-governador em decorrência da Lei Ficha Limpa, foi clara: “eu quero que ele seja candidato”.
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De acordo com ela, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) está “muito ruim”. “É até surpreendente porque ele ajudou muitos prefeitos. A imagem dele está muito ruim”, completou. A avalição sobre Jackson na capital foi no mesmo sentido. Ela evitou citar dados de pesquisas eleitorais com receio de multa. Lembrou que foi multada pelo TRE porque o irmão, deputado Sarney Filho (PV), publicou um jornal com uma foto sua. Contou que somente agora conseguiu pagar uma multa de 2002 por ter afirmado durante um evento que o então vice-governador, José Reinaldo, seria o “futuro governador”.
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São Luís
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A governadora demonstrou disposição em lançar um candidato “prá valer” nas eleições de 2012 em São Luís. Questionada por mim, ela não quis comentar uma possível volta da Gerência ou Secretaria Metropolitana na próxima gestão. Disse não ter problemas de relacionamento com o prefeito João Castelo (PSDB). Espera apenas que ele devolva os R$ 77 milhões de um convênio feito no final do governo Jackson Lago (PDT) para refazer o acordo. O tucano escondeu os recursos, mas não pode usá-los. Segundo Roseana, acordo semelhante foi feito com o prefeito Sebastião Madeira.
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Novos hospitais
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Ela disse que os 72 hospitais estarão concluídos até o final do ano. Até julho pelo menos 11 serão entregues. Contou que por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não pode deixar de concluir as obras. Garantiu ainda que não vai apenas entregar o prédio com equipamentos. Existe todo um planejemento para ajudar os municípios a mantê-los. Revelou que o concurso público para diversos cargos no Estado foi suspenso temporariamente por causa da legislação eleitoral, mas será realizado após as eleições “até porque a gente precisa de novos servidores”.
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