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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Caixa-preta revela os supersalários dos marajás da era amovelar

O que há oito anos era dado como favas contadas agora vem à luz do dia com a abertura da caixa-preta que revela os supersalários pagos aos marajás na época da Era Amovelar

Os marajás amovelistas sempre tentaram passar a imagem dissimulada para o povo de Coroatá, ou seja, o dinheiro que vinha para a saúde, educação, infraestrutura, agricultura e outras ações administrativas nunca davam para nada.

Eles escondiam a verdade através de artifícios contábeis sobre a realidade da folha de pagamentos que eles mesmos manipulavam e encabeçavam-na, e que surrupiavam de forma fraudulenta toda a dinheirama que vinha para ser aplicada na execução de obras e  aquisição de bens, produtos e serviços para o povo de Coroatá!

Tal medida virou um ritual criminoso e delituoso que visava somente apenas beneficiar e proteger diretamente aqueles que nunca trabalharam de forma digna e honesta em detrimento daqueles que trabalhavam com carga horária bem maior do que aquela que é permitida e prevista em lei. Porém, não recebiam salários coerentes e justos, além de terem que assinar uma folha de pagamentos do tipo fantasma, totalmente, incompatível com a realidade trabalhista a qual os servidores municipais eram forçados a assinar sem saber o ‘porque’ que estavam assinando-a, nem tampouco sabiam com quem ficava a outra metade, a sobra do pagamento constatado na folha. Ou seja, era o famoso pagamento dobrado, que era dividido com os marajás na Era Amovelar.

DIRETOR DO SAMU - Dentre os marajás mais privilegiados e um dos mais gananciosos, podemos destacar, primeiramente, o então diretor do Sistema de Atendimento Móvel e Urgência (SAMU), Mariano de Castro Silva. Que chegou a ter seis matrículas diferenciadas nesse esquema fraudulento que somadas e juntas davam-lhe um ‘superfaturamento’ mensal de R$ 134.206,18 (cento e trinta e quatro mil, duzentos e seis reais e dezoito centavos).

Além disso, segundo o testemunhal dos próprios servidores daquela unidade de saúde, eles eram obrigados repassar a metade de seus pagamentos ora percebidos por eles mesmos.

DIRETOR DO HGM - Na lista dos marajás, o diretor do HGM ocupava o terceiro lugar no escandaloso ranking das falcatruas. Trata-se do ex-diretor clínico do Hospital Geral Municipal (HGM) de Coroatá, José Rodrigues Pereira, que somadas às suas matrículas, elas rendiam-lhe a bagatela de R$ 30.498,67 (trinta mil quatrocentos e noventa e oito reais e sessenta e sete centavos). Valor que lhe era ‘pago’ e que não condizia com os péssimos serviços e atendimentos médicos prestados à saúde do povo coroataense no macabro hospital. Que ficou conhecido como sendo, uma verdadeira casa de horrores.

O extinto HGM sempre viveu na gestão passada à base do sacrifício financeiro ao qual sempre foi submetido desde, à época, dos então governadores José Reinaldo Tavares e Jackson Lago, que turbinaram milhões e milhões de recursos financeiros do Fundo a Fundo da Saúde do Estado. No entanto, todo dinheiro que lhe foi enviado era pouco, e não bastava para atender as suas necessidades preliminares.

CASAL VINTE: SECRETÁRIO E COORDENADORA DE SAÚDE - O segundo colocado no ranking da falcatrua está o casal vinte que era formado pelo secretário de Saúde Luís Marques Barbosa Júnior e a sua esposa Vanessa Valéria L. Brasil Barbosa.

Após o levantamento realizado, o então secretário e a doutora-bioquímica e ‘coordenadora de saúde’ do município mantinham juntos quatro matrículas diferentes para múltiplas facetas que eram aplicadas nas ações da saúde municipal. Inclusive, até o salário do cargo comissionado que somado ao do ex-secretário chegava à cifra de R$ 31.055,25 (trinta e um mil, cinquenta e cinco reais e vinte e cinco centavos).

DE COBRADOR A ARTICULADOR POLÍTICO - O outro encapuzado envolvido no esquema das falcatruas trata-se de Francisco Ronnes Lima Reis que passou de cobrador de loja a articulador político, e ao mesmo tempo, era o ‘cara’ que representava o então prefeito do município de Coroatá, na Capital do Estado do Maranhão-São Luís.

O encalacrado cobrador e articulador político mandava e desmandava junto aos órgãos do governo estadual na época das vacas gordas. Para isso recebia uma mixaria no valor de R$ 8.290,40 (oito mil, duzentos e noventa reais e quarenta centavos) sempre creditados em conta corrente. Quer dizer, o trabalho que ele tinha era só o de ir à agência bancária e receber a grana. Um verdadeiro parasita alimentado pelo dinheiro público de Coroatá!

Todas as informações ora publicadas foram levantadas em cima das últimas folhas de pagamentos emitidas, em 30 de novembro de 2012. Estas informações estão de acordo com os números de matrícula, período de admissão e com base nos créditos em contas correntes efetuados, respectivamente, com todos os seus valores pagos referentes aos seus beneficiários e seus titulares nos cargos comissionados, que integraram o alto clero na Era Amovelar.

Presume-se ainda que novas matrículas, valores e nomes poderão ser revelados, conforme a auditoria que está em andamento. Qualquer outra revelação abrupta quanto à malversação e desfio do erário público na gestão passada será levada, ao conhecimento da população de Coroatá!

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