Coluna Estado Maior
Jornal O Estado do Maranhão de 25/02/2012
O secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, quebrou ontem um paradigma. Ao contrário do que aconteceu até no ano passado, ele participou do anúncio, pela cúpula da Igreja Católica, do tema da Campanha da Fraternidade deste ano, "Fraternidade e Saúde Pública".
A Campanha da Fraternidade é a mais política das manifestações da Igreja Católica. Os temas são escolhidos via de regras entre os problemas nacionais que mais incomodam a sociedade, principalmente no que diz respeito à assistência aos mais necessitados. Há dois anos, o tema foi Educação; no ano passado, foi a segurança pública.
A escolha da Saúde Pública para a campanha deste ano está diretamente relacionada com o fato de que se trata de um segmento de responsabilidade do Poder Público que não anda muito bem no país. O tema escolhido, como se sabe, é levado às paróquias, aos púlpitos, enfim, aos mais diversos canais de expressão da instituição. A repercussão é grande. O Poder Público sempre reagia com mau humor.
Com a autoridade de quem comanda o mais amplo e arrojado programa estadual de saúde pública em andamento no Norte e Nordeste, o Vida é Saúde, o secretário Ricardo Murad foi ao encontro da Igreja. Não para um confronto ou para tentar convencê-la a evitar críticas à saúde pública no Maranhão. Foi para mostrar que a governadora Roseana Sarney está enfrentando o problema como ele deve ser enfrentado: dotando o estado de uma rede hospitalar que prevê a construção de 72 hospitais - cinco já foram inaugurados, 17 serão entregues até maio, numa programação que prever o funcionamento de toda a rede até 2014.
Assim, em vez de enxergar na Campanha da Fraternidade uma ação hostil, o secretário Ricardo Murad inverteu a regra e abriu caminho para que ela seja uma parceira na luta árdua, complexa e dispendiosa contra os problemas nessa área. E pelo visto, o gesto foi bem aceito.
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