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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Câmara estéril: demonstra fraqueza e subserviência! Só aprova projeto pela capa e não analisa conteúdo

O último projeto encaminhado do Executivo para o Legislativo foi aprovado por atacado. Nenhum dos nove edis que se encontravam no plenário contrarrazou de forma convincente o inusitado projeto. Apenas comungaram que o projeto é de iniciativa popular, portanto, todos votaram a favor. Quer dizer, não é porque o projeto parece ser ou se diz ser benéfico para o povo que se tem de aprovar de olhos fechados. Mas assim, foi dito e feito, e a coisa aprovada por quase unanimidade.
Isso mostra quanto é subserviente a Câmara Municipal de Coroatá. Então, aqui sou forçado a comentar sobre o turbinado e enfadonho projeto. Pois, não posso dar o meu atestado de burrice. Nem mesmo o povo coroataense que está com os olhos voltados para esses parlamentares. Não é tão cego quanto parece para os vereadores!
Mais uma vez, vou ratificar o ‘por que’ dessa subserviência! O inusitado projeto apresentado no plenário da Casa versa sobre uma suposta área de terra de 60 hectares do município que é doada para uma suposta empresa de engenharia, a fim de construir 2.000 mil casas no local do Projeto Minha Casa, minha vida do Governo Federal. E logo arriscando aqui sem medo de errar, a empresa que já ganhou a ‘licitação’ é a emblemática Jeová Barbosa. A mesma que vem se arrastando e já fora do prazo para entregar as 700 casas do conhecido programa do Governo Federal.
O mais absurdo do novo projeto é que nenhum dos edis contestou o projeto, e que nessa mesma área já existem casas construídas no mesmo terreno, cujos mesmos foram incorporados no referido projeto. Ou seja, anistiando e beneficiando assim, os amigos apaziguados do prefeito Amovelar (PT).
Se no mínimo houvesse coerência quanto ao princípio da razoabilidade, pelo menos um dos vereadores de oposição questionava essa aberração existente no bojo do projeto. Mas foram incautos!
Vejam minhas amigas e amigos! Sequer foi anexada no projeto a planta baixa e de localização da área demarcada para que se pudesse contarrargumentar a questão da doação espúria e irregular anterior feita pelo prefeito de Coroatá. E no afã da eloquência, simplesmente por acharem que o projeto visa atender a demanda popular, os edis votaram mais uma vez em capa de projeto. Isto é, achando que tudo que reluz é ouro, é metal. Que todo açúcar é doce, que todo sal é salgado. Que vergonha!
E o que é mais grave: esqueceu-se que a vereadora de oposição Neuza Muniz (PMDB) tem um processo em andamento no MPE condenando esse expediente malévolo e escroque do prefeito Amovelar. Ou melhor, pedindo a devolução desses terrenos para o município. Nem isso os vereadores se importaram! Coisa que até eles poderiam contrarrazoar para não testificar sua subserviência política. Pois, quando se trata de capa de projeto que vislumbra o ‘mitiê’ de cunho popular, logo eles se unem para aprovar tais projetos visando os dividendos eleitorais. Só otário que não enxerga essa palhaçada de péssimo gosto!!!
Só para refrescar a memória...
Lembram do projeto de lei ‘Vale Passagem’ que foi aprovado por unanimidade no final de 2009? Taí uma grande cagada aprovada pelos vereadores e hoje, quem está pagando o pato são os usuários contínuos do Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Inclusive, há pacientes que até o presente momento vivem indignados com o tratamento que lhe é dado. A humilhação é total!
Afinal, na terra de sapos de cócoras com eles! No entanto, todos esses vereadores têm que ir para a boca do sapo!!!

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